Vigilância de Sumaré realiza capacitação sobre tuberculose
Premiado, Programa Municipal de Combate à Tuberculose teve aulas de atualização das diretrizes do tratamento contra a doença
A Secretaria de Saúde de Sumaré, por meio da Vigilância Epidemiológica, realizou na última semana uma capacitação de atualização das diretrizes no tratamento de tuberculose.
Com apoio do CRESSER (Centro de Referência em Saúde Sexual Reprodutiva), o curso aconteceu no Centro Administrativo de Nova Veneza e foi ministrado pela enfermeira Zélia Dantas, responsável pelo Programa Municipal de Combate à Tuberculose, e voltado às equipes das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município.
Zélia explica que, a partir de agora, a dosagem utilizada durante a segunda fase do tratamento contra a doença, que dura em média seis meses, será menor.
“Os medicamentos continuam os mesmos, mas a segunda fase do tratamento, que tem início por volta do terceiro mês, sofreram redução da dosagem. Antes, pessoas que pesavam entre 71 e 50 quilos tomavam quatro comprimidos, agora, são apenas dois”, afirma a enfermeira.
Ela explica que a decisão é com base em estudos sobre as duas fases do tratamento: a primeira, chamada fase intensiva ou de ataque, e a segunda, a fase de manutenção. De acordo com Zélia, constatou-se que a medicação durante a fase de manutenção poderia ser mais baixa tendo em vista a efetividade da dosagem administrada na fase anterior.
A capacitação abordou ainda fluxo sobre o atendimento, tratamento e dispensação de medicamentos.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de TDO (Tratamento Diretamente Observado).
Zélia comenta ainda que, apesar da doença ter cura em 100%
dos casos, a descontinuidade do tratamento é a maior responsável pelo
agravamento dos sintomas.
Nos últimos anos, Sumaré tem registrado entre 65 e 70 casos da doença ao ano. “A tuberculose está no nosso meio. Na van, nos ônibus, nas escolas. Muitas vezes as pessoas abandonam o tratamento e depois retomam, isso torna mais difícil o tratamento.”
Para o secretário de Saúde de Sumaré, Rafael Virginelli, é uma satisfação poder capacitar as equipes para o tratamento de tuberculose. “Agradecemos à Vigilância e ao CRESSER que, mesmo na pandemia, preocuparam-se com a ampliação deste serviço, diminuindo assim, o número de pessoas com a doença no município”, acrescentou.
Vale lembrar que o município é referência no Programa e recebeu, neste ano, mais um prêmio da Secretaria Estadual de Saúde e Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo pelo reconhecimento ao trabalho da cidade no combate à doença, com índice de cura dos casos novos registrados.
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