Saúde
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que cidades não podem ‘baixar a guarda’

União coloca Sumaré, Hortolândia e Paulínia em pacote emergencial de combate à dengue

Municípios integram grupo de 80 considerados prioritários no Brasil e devem receber estrutura maior como centros de hidratação para garantir atendimento rápido a pacientes e suporte para ampliar cobertura vacinal contra a doença

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Sumaré, Hortolândia e Paulínia foram incluídas pelo Governo Federal no pacote de medidas prioritárias de enfrentamento à dengue, anunciado pelo Ministério da Saúde nesta semana. A ação faz parte de um plano nacional que contempla 80 municípios brasileiros com maior incidência ou risco de agravamento da doença, com foco na redução de casos graves e óbitos.

De acordo com os dados mais recentes, Hortolândia registra 583,16 casos por 100 mil habitantes (3.639 no total) e duas mortes confirmadas em 2025. Sumaré aparece em seguida, com taxa de 290 casos por 100 mil habitantes (2.235 no total) e sete óbitos neste ano. Paulínia apresenta 172,83 casos por 100 mil habitantes (1.752 no total) e, até o momento, sem mortes registradas.

Dentre as medidas anunciadas, está a instalação de até 150 centros de hidratação em todo o país, com capacidade para 100 leitos cada, totalizando um investimento de R$ 300 milhões. Esses centros serão instalados em locais estratégicos, como Unidades Básicas de Saúde, UPAs e até estruturas temporárias, com o objetivo de garantir atendimento rápido a pacientes com sintomas de dengue, evitando complicações e internações.

As cidades prioritárias também receberão apoio para ampliar a cobertura vacinal contra a dengue, com ações como busca ativa de pessoas não vacinadas e monitoramento de estoques, além da garantia de abastecimento das doses.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, embora os números nacionais tenham apresentado uma queda expressiva — 75% menos casos e 83% menos mortes em comparação com o mesmo período de 2024 — a vigilância não pode parar. “A redução é resultado de ações coordenadas entre União, estados e municípios. Mas nosso segundo foco é garantir que os demais locais não baixem a guarda”, afirmou.

Além das medidas emergenciais, o governo federal anunciou a criação de um Comitê Permanente de Mobilização contra a Dengue e o lançamento de uma nova campanha nacional de prevenção. Também serão distribuídos equipamentos de pulverização de inseticida e oferecidas 50 mil vagas em cursos para formação de profissionais da saúde por meio da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).

A inclusão de Sumaré, Hortolândia e Paulínia na lista de municípios prioritários acende alerta sobre a situação da dengue na região. Com alta densidade populacional e intensa circulação entre as cidades, a região se torna especialmente vulnerável à propagação da doença.

As autoridades locais agora devem intensificar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. Com o apoio do Governo Federal, a expectativa é conter o avanço da doença. A mobilização requer o engajamento do poder público, profissionais de saúde e população, em ações conjuntas de prevenção, eliminação de criadouros e atenção aos sintomas.

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