Saúde
Temas e palestras trouxeram reflexões profundas e novas ferramentas de atuação aos profissionais

Simpósio reúne 230 profissionais para discutir a prevenção ao suicídio na infância e adolescência

Da Redação | Tribuna Liberal

Na semana passada, no Clube Recreativo de Sumaré, foi realizado o 1º Seminário Municipal de Prevenção ao Suicídio na Infância e Adolescência, reunindo aproximadamente 230 profissionais atuantes nas políticas públicas das áreas de Educação municipal e estadual, Saúde (Atenção Básica e Saúde Mental), Assistência Social, Organizações da Sociedade Civil, Segurança Pública, Esporte e Lazer, Cultura e Turismo.

O evento foi promovido pelo Programa de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos, executado pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Sumaré e vinculado ao FMDCA (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), em parceria com o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ), a Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social e a Prefeitura de Sumaré.

Organizado pela equipe técnica do Programa de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos, da Apae Sumaré, coordenada por Elisandra Hipólito e a psicóloga Gabrielly Seixas Oliveira, o seminário foi motivado por uma pesquisa intersetorial recente, que identificou o sofrimento emocional como um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais que trabalham diretamente com a infância e adolescência no município.

Reuniões com as áreas de saúde, educação e assistência social foram essenciais para compreender os desafios práticos e ajustar a programação, que visou capacitar os profissionais, oferecendo um espaço para reflexão e discussão de ações estratégicas para o manejo do sofrimento emocional e a prevenção ao suicídio entre crianças e adolescentes.

O evento contou com palestrantes de destaque; Laura Lorenzetti, psicóloga, mestre e doutoranda em Psicologia, integrante do Projeto Ecoar e do Grupo de Pesquisa em Avaliação e Intervenção Psicossocial (GEP InPsi), abordou o tema ‘Autolesão Não Suicida nas Escolas: Uma Perspectiva Psicossocial’, focando na contextualização histórica e sociocultural da autolesão entre crianças e adolescentes, além de apresentar ferramentas para a compreensão e acolhimento dessa demanda.

Na sequência, Ticiana Paiva, psicóloga, mestre e doutora em Psicologia, especialista em cuidado emocional em crises e suicídios, conduziu o treinamento “Prevenção do Suicídio e Estratégias de Cuidado em Rede”, oferecendo uma perspectiva prática para o fortalecimento das ações intersetoriais de prevenção e cuidado em saúde mental. Reconhecida por sua atuação pioneira na formação de profissionais para o cuidado em crises emocionais, Ticiana também moderou uma rodada de perguntas anônimas, que gerou discussões enriquecedoras.

O seminário foi amplamente avaliado de forma positiva, recebendo feedbacks elogiosos tanto pelos conteúdos apresentados quanto pela organização. A pesquisa de satisfação aplicada revelou que os participantes valorizaram os materiais de apoio e a estrutura oferecida, além de destacar o cuidado com os detalhes. Os profissionais ressaltaram a relevância dos temas abordados e a qualidade das palestras, que trouxeram reflexões profundas e novas ferramentas de atuação. 

Segundo Elisandra Hipólito, “foi uma manhã enriquecedora, cheia de trocas e novos aprendizados, que certamente contribuirão para ações mais conscientes e preparadas na prevenção ao suicídio e na promoção da saúde mental, especialmente voltadas para nossas crianças e adolescentes”, pontuou.

O evento foi encerrado com uma mensagem de incentivo, reforçando a importância da continuidade no trabalho de prevenção: “Vamos continuar construindo um município mais consciente e preparado para a prevenção ao suicídio e a promoção da saúde mental, especialmente no cenário da infância e adolescência. A união de todas as políticas públicas pode fazer uma diferença significativa, e cada um de vocês é essencial nesse processo”. O seminário demonstrou que, com articulação e esforço coletivo, é possível avançar na construção de uma rede mais forte e preparada para lidar com os desafios do sofrimento emocional de crianças e adolescentes em Sumaré.

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