Projeto de mapeamento genético realiza exames de sangue em Hortolândia
Voluntários receberão resultados e coletas estarão
disponíveis até a próxima quarta-feira (23); todos os participantes serão
monitorados durante cinco anos
Da Redação | Tribuna Liberal
Identificar potenciais problemas de saúde e, ainda, contribuir para o mapeamento do genoma brasileiro. Esses são os benefícios do projeto “Gen-t do Brasil”, que realiza mais uma ação de coleta de sangue em Hortolândia.
O projeto, firmado por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Hortolândia e a startup “Gen-t”, realizará as coletas entre os dias 21 e 23 de novembro, das 7h15 às 10h45, na sede do programa Viva Mais de Hortolândia, localizada na rua Pedro Pereira dos Santos, 147, no Jd. Santa Clara do Lago I.
Interessados deverão realizar o agendamento online, ou presencialmente, comparecendo à sede do Viva Mais. Informações adicionais poderão ser obtidas pelo telefone (19) 3809-4210.
O projeto idealizado pela startup “Gen-t do Brasil” nasceu do propósito de enriquecer as pesquisas científicas na área da Saúde a partir da coleta de sangue de cerca de 200.000 pessoas em todo o território nacional.
O mapeamento dos genomas possibilitará avanços nos estudos sobre sequenciamento de DNA, assim como facilitará a identificação das características genéticas mais comuns para o surgimento de determinadas doenças.
Com o banco genético, a expectativa da startup é possibilitar maior acesso aos benefícios da medicina de precisão, área que alia os dados genéticos de cada indivíduo com informações colhidas por meio dos exames já habitualmente realizados pela medicina tradicional.
Os dados poderão ser utilizados em pesquisas para desenvolver remédios e tratamentos mais eficientes de acordo com o perfil genético das diferentes etnias que formam a população do Brasil.
Em Hortolândia, a ação teve início em agosto deste ano, com as coletas nas UBSs (Unidade Básica de Saúde) Amanda I e da Dom Bruno Gamberini. De acordo com a startup, a meta é coletar amostras de 5.000 moradores no município.
Se por um lado o voluntário acaba colaborando para os avanços das pesquisas na área da genética, por outro terá a oportunidade de realizar exames de rotina importantes para manter a saúde em dia.
A coleta de sangue contempla exames de hemograma completo, avaliação de colesterol, exames para diabetes, triglicérides, creatina, PCR (Reação em cadeia da Polimerase) e hemoglobina glicada. Durante a triagem, os voluntários também serão submetidos a aferição da pressão arterial e cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal).
Para participar do estudo, o voluntário deverá atender a alguns requisitos. Além de ser brasileiro, ter 18 anos ou mais e estar em jejum há pelo menos oito horas, o interessado deverá preencher um questionário sobre sua saúde e apresentar um documento com foto.
Os participantes também deverão assinar um termo de consentimento, autorizando a coleta do sangue para fins científicos. Todos os dados genéticos coletados serão mantidos sob sigilo, com a proteção dos dados pessoais garantida.
Após a análise laboratorial para obtenção do DNA, os participantes receberão o resultado dos exames por e-mail e SMS. O gestor do Programa Viva Mais, Cléuzer Marques de Lima, o John Lenon, destaca os benefícios em participar do estudo.
“Essa ação permite uma bateria gratuita de exames essenciais para manter os cuidados com a saúde. Além disso, os participantes serão monitorados durante cinco anos pelas equipes que promovem os estudos”, explica Lenon.
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