Saúde
Com números alarmantes, municípios da região são chamados a agir de maneira preventiva

Paulínia tem 98 moradores com risco de manifestar quadro grave de dengue

Adoção de políticas de controle integrado do mosquito, como o uso de larvicidas, a limpeza urbana e a conscientização da população, devem ser intensificadas para evitar novo surto em 2025; região já registrou 26 mortes pela doença neste ano

Da Redação | Tribuna Liberal

Em meio a uma grave epidemia de dengue que assola a região, 98 moradores de Paulínia foram identificados como vulneráveis a desenvolver quadros graves da doença, o que pode levar à morte. A cidade, que ainda não registrou óbitos relacionados à dengue neste ano, vive um momento de alerta devido à alta incidência de casos na região em 2024 e à presença de grupos de risco, o que gera preocupação nas autoridades de saúde regionais.

O número de pessoas em risco é um dos mais altos da região, apontando para a necessidade de ações preventivas. Dados levantados neste mês de agosto mostram que cidades vizinhas, como Sumaré, já registraram 15 mortes pela doença e é uma das cidades mais afetadas pela epidemia.

Além de Sumaré, outras cidades da região também enfrentam perdas. Nova Odessa e Monte Mor registraram três mortes cada uma, enquanto Hortolândia contabilizou cinco óbitos até agora. No total, a região soma 26 mortes pela doença apenas em 2024.

Diante desse cenário, especialistas em saúde pública estão recomendando que as cidades da região comecem desde já a se preparar para a possível continuidade da epidemia em 2025, já que a dengue não é um problema sazonal que pode ser ignorado até o próximo verão.

O apelo é para que o trabalho de prevenção comece agora, com campanhas de conscientização, controle dos focos do mosquito Aedes aegypti e fortalecimento da rede de saúde.

Epidemiologistas afirmam que a população deve estar atenta e colaborativa, eliminando qualquer possível criadouro do mosquito transmissor, como recipientes com água parada em quintais, calhas e plantas. Além disso, o uso de repelentes e roupas adequadas, especialmente durante os períodos de maior atividade do mosquito, pode ajudar a reduzir os riscos de transmissão.

EPIDEMIA

A epidemia de dengue em 2024 é considerada uma das mais severas dos últimos anos na região, com um número crescente de casos e uma taxa de letalidade preocupante. As condições climáticas, como o aumento da temperatura e das chuvas intensas, favorecem a proliferação do mosquito transmissor, intensificando a propagação da doença.

O fato de não ter registrado mortes até o momento, não deve ser motivo de relaxamento. Com 98 moradores em risco de complicações graves, a cidade deve intensificar seus esforços para garantir que esses indivíduos recebam acompanhamento médico adequado e que as medidas de prevenção sejam amplamente difundidas.

Especialistas dizem que se não houver uma ação coordenada entre as cidades, é possível que a região enfrente um novo surto em 2025.

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