Paulínia registra a primeira morte por dengue e região atinge 30 óbitos em 2024
Número de casos segue crescendo com retorno das chuvas nas cinco cidades da área de abrangência; são quase 22 mil ocorrências de dengue e 58 casos graves; há riscos de novos focos do mosquito Aedes aegypti
Da Redação | Tribuna Liberal
O Governo do Estado do São Paulo confirmou o registro do
primeiro óbito em Paulínia por dengue em 2024, elevando para 30 o número de
mortes pela doença na região. Com o início da temporada de chuvas, o risco de
proliferação do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue — aumenta. A
vítima é uma mulher entre 50 e 64 anos e a data da morte foi 9 de julho,
segundo o Estado.
Conforme dados atualizados pela Secretaria Estadual de
Saúde, o cenário é alarmante: Paulínia, Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa e
Monte Mor contabilizam 21.938 casos confirmados de dengue, sendo 58 casos
graves. Paulínia, além do primeiro óbito, já acumula 4.262 casos da doença. O
município se junta aos demais que, ao longo deste ano, têm enfrentado surtos.
A situação é especialmente crítica em Sumaré, com o maior
número de óbitos da região. A cidade contabiliza 16 mortes e 6.587 casos
confirmados de dengue, liderando o ranking regional. Hortolândia vem em seguida
com sete mortes e 4.270 casos da doença. Monte Mor e Nova Odessa têm três
mortes e 2.919 e 3.900 casos confirmados, respectivamente.
As cidades da região implementaram campanhas educativas e
intensificaram ações de combate ao mosquito, como mutirões de limpeza, bloqueio
de focos de criadouros e nebulização em áreas críticas. No entanto, fatores
como o clima favorável à reprodução do mosquito e a persistência de focos em
locais de difícil acesso ou com grande acúmulo de água tendem a ser o desafio
para o controle da epidemia.
Com a chegada das chuvas e temporais, comuns nesta época do
ano, o risco de novos surtos de dengue cresce. A água parada é o principal
criadouro do Aedes aegypti, e a população deve adotar medidas preventivas
simples, como tampar recipientes, evitar acúmulo de água em pneus, vasos de
plantas e outros objetos expostos ao tempo. Especialistas em saúde pública
enfatizam a importância de um esforço conjunto para reduzir o número de focos
do mosquito.
Além de evitar o acúmulo de água parada, é fundamental que a
população fique atenta aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de
cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações, náuseas e manchas vermelhas
na pele. Nos casos graves, podem surgir complicações como sangramentos e choque
hemorrágico, que necessitam de atendimento médico imediato.
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