Saúde
Ação de combate ao Aedes aegypti deve ocorrer em bairros mais afetados para tentar frear surto da doença

Monte Mor registra 4ª morte por dengue e se aproxima de três mil casos em 2024

Aumento de diagnósticos positivos aponta para falhas na prevenção e no serviço de coleta de lixo, recentemente denunciado ao Ministério Público Estadual pela Câmara de Vereadores; cidade ainda tem dois casos graves da doença

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Monte Mor vive uma grave crise no combate à dengue em 2024. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou a quarta morte atribuída à doença neste ano e 2,939 mil casos até o momento. Além dos óbitos, o município tem dois casos graves de dengue em acompanhamento. As autoridades locais ainda não divulgaram informações sobre a quarta vítima fatal, como idade e sexo. A taxa de incidência da infecção é de 4,510 mil casos para cada 100 mil habitantes. Além disso, a taxa de letalidade chegou a 0,13%, segundo dados do governo estadual.

O crescimento de casos coloca em evidência possíveis falhas na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, além da zika e chikungunya. Entre as causas apontadas estão a falta de conscientização, já que, parte da população ainda mantém criadouros do mosquito em casas; a infraestrutura insuficiente, pois a coleta de lixo e a drenagem de áreas urbanas têm enfrentado desafios, criando condições para a proliferação do mosquito; e as condições climáticas, com chuvas intercaladas com períodos de calor intenso, que favorecem a reprodução do Aedes aegypti.

Problemas no serviço de coleta de lixo em Monte Mor foram motivos de denúncia no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo). Após receber reclamações de moradores, o vereador Bruno Leite (União) levou o caso, este mês, ao Ministério Público para que fosse apurado.

A denúncia dá conta de que estava ocorrendo acúmulo de lixo em praticamente todos bairros do município. Moradores usaram as redes sociais para protestar contra a prefeitura. Nelson Brasil, do Centro, relatou que o serviço de coleta, geralmente realizado às segundas, quartas e sextas-feiras, não foi feito no início do mês. Especialistas defendem uma força-tarefa nas ações de controle, incluindo mutirões de combate ao mosquito, campanhas de conscientização efetivas e aplicação de fumacê em bairros mais afetados para tentar frear o surto em 2024 e início de 2025.

A dengue é uma doença viral que pode causar febre alta, dores no corpo, manchas na pele, náuseas e, em casos graves, hemorragias e choque, que podem levar à morte. Especialistas reforçam que a melhor prevenção é impedir a reprodução do mosquito, evitando o acúmulo de água parada em recipientes como pneus, garrafas, caixas d’água e vasos de plantas.

 

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