Mapeamento genético começa a coletar amostras de sangue em Hortolândia
Equipe do projeto ‘gen-t do Brasil’ estará na UBS Dom Bruno
a partir da próxima segunda-feira (21); objetivo principal da ação é mapear
genoma de 200 mil brasileiros
Da Redação | Tribuna Liberal
A partir da próxima segunda-feira (21) a equipe do projeto “gen-t do Brasil”, que realiza mapeamento genético em Hortolândia, estará na UBS (Unidade Básica de Saúde) Dom Bruno Gamberini para coletar amostras de sangue de voluntários. A coleta será feita de segunda a sexta-feira, das 7h15 às 11h30. A UBS está localizada na avenida São Francisco de Assis, 46, na Vila Real. Moradores interessados em participar do projeto devem fazer agendamento ou podem ir diretamente à UBS.
O objetivo do projeto, criado pela startup gen-t, é mapear o genoma de cerca de 200 mil brasileiros. O mapeamento genético é feito pela coleta de uma amostra de sangue. Genoma é o conjunto de todos os genes que integram o organismo humano. Cada gene é formado por uma sequência específica de DNA (ácido desoxirribonucleico). Isso significa que cada pessoa é única, uma vez que a sequência do DNA de cada indivíduo é diferente da dos outros. Os genes têm as informações hereditárias que formam cada pessoa e suas características, como por exemplo, as características físicas. De acordo com pesquisas científicas, o genoma humano é formado por cerca de 20 mil genes.
O projeto chegou em Hortolândia no início de agosto com a previsão de ficar dois meses. De acordo com a startup, a meta é coletar amostras de sangue de cerca de 5 mil moradores. A coleta também é feita na UBS Amanda I, que fica na rua Almada Negreiros, 1.299.
Para ser voluntário, os requisitos são os seguintes: ser brasileiro; ter 18 anos ou mais; apresentar algum documento com foto; estar de jejum há pelo menos oito horas; e responder a um questionário sobre saúde. Mais informações sobre o projeto e o agendamento podem ser obtidas via WhatsApp por meio do número (11) 91270-5554.
A startup salienta que os dados dos voluntários permanecerão anônimos. No dia agendado para a coleta da amostra de sangue, cada voluntário receberá informações sobre o projeto, os procedimentos e os exames que serão realizados.
RISCO CARDIOVASCULAR
O mapeamento genético também possibilita saber se uma pessoa tem predisposição para determinadas doenças. Por isso, o projeto oferecerá exames laboratoriais gratuitos para os voluntários. Por meio dos exames, o projeto fará uma avaliação geral da saúde de cada voluntário.
Os exames também são importantes para identificar fatores de risco e detectar doenças. De acordo com a startup, os voluntários receberão os resultados dos exames por e-mail e SMS em até quatro dias. Durante cinco anos, o projeto retornará ao município anualmente para realizar novos exames nos voluntários.
“Além dos exames, os voluntários também recebem um relatório de saúde global sobre risco de doenças e problemas cardiovasculares”, explica a head de operações da startup, Barbara Godoy.
BANCO GENÉTICO
A partir do mapeamento, o projeto criará um banco genético dos brasileiros. Os dados poderão ser utilizados em pesquisas para desenvolver remédios e tratamentos mais eficientes de acordo com o perfil genético das diferentes etnias que formam a população do Brasil.
Com o banco genético, a expectativa da startup é que os benefícios da medicina de precisão se tornem acessíveis para as pessoas. A medicina de precisão é uma área que alia os dados genéticos de cada indivíduo com informações colhidas por meio dos exames já habitualmente realizados pela medicina.
“As descobertas do projeto podem se traduzir no desenvolvimento de novos medicamentos mais eficazes, específicos e inteligentes. E o melhor de tudo: este não é um benefício apenas para o indivíduo, é um benefício para todos”, destaca a CEO da startup gen-t, Lygia da Veiga Pereira.
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