Saúde
Funcionários do Hospital Sagrado Coração de Jesus receberam salários após penhora das contas da Prefeitura

Hospital diz que prefeitura ‘falta com a verdade’ e pagou funcionários em Monte Mor

Direção da unidade de saúde afirma que para receber recursos da Prefeitura precisou penhorar valores na Justiça e diz que tomará medidas cabíveis contra informações divulgadas pelo prefeito

Paulo Medina | Tribuna Liberal

A Associação Sagrado Coração de Jesus, que administra o Hospital de Monte Mor, refutou as declarações do prefeito Murilo Rinaldo (PP) que alegou atrasos no pagamento dos salários dos funcionários. O hospital disse que pagou os funcionários porque precisou penhorar na Justiça as contas da Prefeitura, já que os repasses não foram feitos.

“A Associação Sagrado Coração de Jesus vem esclarecer que a nota divulgada pela Prefeitura é absolutamente inverídica e faltante com a verdade”. A associação disse que o prefeito está há poucos dias no cargo e não pode alegar “falta de prestação de contas, considerando que ainda não efetuou o pagamento de nenhum mês relativo às obrigações em questão”.

Segundo a associação, a direção da unidade de saúde recorreu à Justiça e obteve decisão favorável de penhora das contas públicas. “Graças a essa medida, todos os funcionários receberam seus salários, vale-alimentação e demais direitos assegurados”, informou, em nota.

A associação classificou as declarações da Prefeitura como “levianas” e “distorcidas” sobre a gestão da associação e afirmou ainda que “todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas para resguardar a verdade e proteger a imagem da instituição”.

A unidade de saúde publicou uma nota após a Prefeitura de Monte Mor informar que repassou os valores, mas que a administração da unidade não pagou os funcionários. O prefeito Murilo Rinaldo chegou a apontar a responsabilidade da gestão do hospital para quitar os salários dos funcionários supostamente atrasados. A Prefeitura falou em “falta de prestação de contas”.

O hospital, que é o único da cidade, gerencia a maternidade e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), pediu judicialmente o bloqueio de mais de R$ 2 milhões e teve aval do Judiciário. A associação afirmou que não houve “nenhum pagamento espontâneo” por parte da Prefeitura.

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