Hortolândia realiza capacitação para detectar carrapato em áreas verdes
Da Redação | Tribuna Liberal
Hortolândia cumpre etapa para agilizar ações de prevenção
contra a febre maculosa. A UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses) recebeu
capacitação sobre pesquisa acarológica, nesta semana. A atividade foi
ministrada pela Coordenadoria de Controle de Doenças/Vetores (antiga Sucen –
Superintendência de Controle de Endemias), órgão vinculado ao governo estadual.
De acordo com a UVZ, a pesquisa acarológica é uma ação para
verificar se há a presença de carrapatos em áreas verdes públicas da cidade. O
órgão havia solicitado o treinamento ao Estado para dar maior agilidade às
ações contra o animal artrópode, que é o vetor de transmissão da Febre
Maculosa. Assim, com seus agentes capacitados, a UVZ terá maior autonomia para
realizar a pesquisa em outras áreas da cidade sempre que houver necessidade.
A capacitação consistiu em atividades teóricas e execução da
pesquisa em duas áreas com probabilidade de estarem infestadas com o animal.
Uma das áreas está próxima ao Viveiro Municipal e ao Unasp, no Parque
Ortolândia. A outra área é adjacente ao Lago do Fé, próxima à avenida Olívio
Franceschini.
Para realizar a pesquisa, os agentes vestiram EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual). A detecção de carrapatos foi feita por
meio de duas técnicas. Uma delas é armadilha com gelo seco, que é colocar um
pano estendido sobre o solo com o material em cima para atrair o carrapato. A
outra técnica foi a de arrasto, que consiste em arrastar sobre o solo um pano
para capturar o animal.
As pesquisas mostraram infestação de carrapato somente na área contígua ao Lago da Fé. De acordo com a UVZ, essa área já estava previamente sinalizada com placa para alertar a população sobre a presença do animal. Ainda a partir da pesquisa, a UVZ irá também implementar outras ações, como capacitações das equipes que atuam em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e sensibilização da população sobre o tema.
FEBRE MACULOSA
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, órgão da
Secretaria de Saúde, a Febre Maculosa é transmitida para o ser humano pela
picada do carrapato infectado com a bactéria que causa a doença. O carrapato é
um animal artrópode da mesma classe da aranha que vive em áreas verdes, de mata
ou à beira de córrego. O carrapato pode ficar grudado no corpo de animais como
capivaras e cavalos.
O órgão salienta que a evolução da doença acontece num curto
espaço de tempo, entre quatro a cinco dias após o início dos sintomas. Dentre
os principais sintomas estão febre alta, cefaleia, náusea, vômito, dor
abdominal, mal-estar generalizado, manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos
que se espalham nas palmas das mãos e solas dos pés, entre outros.
A progressão da doença varia de pessoa para pessoa. Por
isso, nem todos os pacientes podem apresentar os sinais ou sintomas listados
acima. A Febre Maculosa pode levar a óbito, por isso a Vigilância
Epidemiológica orienta as pessoas com suspeita da doença a procurar ajuda
médica e evitar fazer a automedicação. Ainda de acordo com o órgão, neste ano o
município não registra nenhum caso da doença. No ano passado, foi registrado um
caso importado da doença que foi a óbito. Já em 2022, não houve nenhum caso da
doença.
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