Hortolândia instala usina no Hospital Municipal para reduzir gastos com oxigênio
Além da economia de recursos, usina proporciona ao município
independência; ao produzir o próprio oxigênio, Hortolândia não ficará sujeita à
falta do gás durante crise de abastecimento
Da Redação | Tribuna Liberal
Hortolândia informou nesta terça-feira (11) novos investimentos na modernização da saúde. A Prefeitura instalou no Hospital Municipal Mario Covas uma usina de oxigênio. O equipamento proporciona ao município economia de recursos com a aquisição do gás.
De acordo com o diretor assistencial da OS (Organização Social) Beneficência Hospitalar Cesario Lange (BHCL), Thiago Manttuane, a usina produz o oxigênio medicinal que é utilizado pelo hospital em várias situações, tais como anestesia, suporte respiratório para pacientes durante procedimentos cirúrgicos, dentre outras.
“O oxigênio produzido pela usina possui pureza de 93% a 96%, superando os níveis mínimos exigidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser considerado oxigênio medicinal, que é de 90%”, explica o diretor.
O oxigênio produzido pela usina também é utilizado no transporte de pacientes, garantindo que eles recebam assistência respiratória com o fornecimento do gás vital de maneira segura e adequada durante o deslocamento dentro do hospital. Com a usina, o município economiza recursos para a aquisição de oxigênio. O diretor ressalta que, com base em estudos feitos, a economia é da ordem de 32%.
De acordo com Thiago Manttuane, o projeto da usina de oxigênio do hospital terá uma segunda etapa. Está prevista a implantação de um equipamento que encherá cilindros com o oxigênio excedente produzido pela usina. Esses cilindros poderão ser utilizados pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em atividades como remoção de pacientes e atendimento domiciliar de oxigenoterapia.
“Com a implementação dessa segunda fase do projeto, a economia será ainda maior. O município deixará de adquirir oxigênio em cilindros portáteis, que são amplamente utilizados pelo Samu. Com a implementação desse equipamento para encher os cilindros, estima-se que haverá uma redução adicional de cerca de 20% nos gastos atuais. Com isso, o município economizará um total de 52% com a aquisição de oxigênio”, salienta Manttuane.
Além da economia de recursos, a usina de oxigênio proporciona ao município independência. Ao ter a capacidade de produzir o próprio oxigênio, Hortolândia não ficará sujeita à falta do gás em momentos de crise de abastecimento. “Em situações como pandemias ou crises de abastecimento, o município não ficará exposto à falta de fornecimento de oxigênio por parte de terceiros, que podem enfrentar limitações de capacidade produtiva ou desafios logísticos. A produção própria garante um suprimento contínuo e confiável de oxigênio, oferecendo segurança e tranquilidade em momentos críticos”, ressalta o diretor. Além do hospital, as três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do município também receberam usinas de oxigênio.
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