Hortolândia investiga morte de menina de nove anos com suspeita de dengue
Se houver confirmação do diagnóstico, esta pode ser a
primeira morte causada pela doença no município neste ano
A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, está investigando a morte de uma menina de nove anos causada supostamente por dengue. Apenas exames laboratoriais poderão confirmar ou descartar a doença. E se houver a confirmação, esta pode ser a primeira morte pela doença neste ano na cidade.
A prefeitura informou, em nota, que a paciente foi atendida primariamente na rede municipal e encaminhada ao Hospital Estadual de Sumaré, onde veio a falecer. O dia do falecimento não foi informado.
“A causa da morte ainda não está esclarecida, e depende de exames coletados no Hospital Estadual de Sumaré, cujo resultado será emitido pelo Instituto Adolfo Lutz nos próximos dias”, trouxe a nota da prefeitura.
A assessoria de imprensa do Hospital Estadual de Sumaré também foi procurada, mas informou que só poderá prestar esclarecimentos sobre o caso nesta quinta-feira (26) e, mesmo assim, com autorização da família.
Na última atualização sobre os casos de dengue em Hortolândia, em 23 de maio, a Vigilância Epidemiológiva informou que o município registra 1.572 casos notificados de dengue, dos quais 422 positivos. Já de Chikungunya, o município tem quatro casos notificados, sendo um positivo. Neste ano, o município ainda não registra nenhuma notificação de Zika e nenhum óbito das três doenças.
BUSCA ATIVA
Enquanto a causa da morte não é confirmada, a UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, realiza regularmente as ações de busca ativa e nebulização em diferentes regiões da cidade. Nesta semana, o órgão faz busca ativa no Remanso Campineiro. Já outra equipe executa a nebulização no Jardim Nossa Senhora Auxiliadora. As ações são feitas em regiões onde foram notificados casos positivos da doença.
A busca ativa consiste em visitas dos agentes da UVZ às casas para fazer a busca e a eliminação de possíveis criadouros do Aedes aegypti, ou seja, objetos que acumulam água parada. O objetivo é eliminar o inseto ainda na fase de larva.
Caso sejam encontradas larvas, algumas são recolhidas para identificação em laboratório. De acordo com o órgão, 80% dos focos de criadouros do inseto estão nas residências das pessoas.
Já na nebulização, os agentes entram nas casas para espalhar no ar um tipo de inseticida para eliminar os mosquitos já adultos. Na ação, os agentes utilizam nebulizadores costais motorizados para espalhar o inseticida em forma de vapor.
GOLPES
A UVZ reforça a solicitação para que os moradores permitam a entrada dos agentes em suas residências. A ação é importante para evitar o ciclo de reprodução do mosquito. O órgão reforça ainda que os agentes estão identificados com crachá e uniforme.
A Prefeitura orienta a população para ficar atenta contra golpes. Nas visitas, os agentes não solicitam nenhum dado bancário ou informação pessoal dos moradores. Eles entram nas casas somente para realizar a busca ativa. Em caso de dúvidas e para saber em quais regiões serão realizadas as ações, os moradores podem entrar em contato com a UVZ pelos telefones (19) 3897-3312 ou (19) 3897-5974.
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