Falta de medicamentos na rede pública de saúde de Paulínia causa indignação
Prefeito Du Cazellato é questionado, em requerimento, pelo
vereador Tiguila Paes (Cidadania); parlamentar quer informações sobre a última
aquisição de medicamentos e materiais básicos e organograma de distribuição
Da Redação | Tribuna Liberal
Moradores de Paulínia têm enfrentado dificuldades com a falta de medicamentos na rede pública de saúde do município. A escassez afeta principalmente o HMP (Hospital Municipal de Paulínia) e as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), onde medicamentos essenciais como Noripurum, Sinvastatina e Vitamina B12 estão em falta. A situação tem gerado inúmeras reclamações nas redes sociais e entre os próprios pacientes. Ana Maria, uma moradora do bairro São José, relatou que seu pai precisa de remédio e não tem.
“Meu pai precisa da
Sinvastatina diariamente para controlar o colesterol, mas já faz duas semanas
que não conseguimos encontrar na UBS. Estamos tendo que comprar do nosso
próprio bolso, o que é um gasto imprevisto para a nossa família”, diz. “Minha
esposa está grávida e precisa de suplementação com Vitamina B12. É inaceitável
que a saúde pública não esteja fornecendo algo tão básico”, afirma João
Silveira.
Diante da crise, o vereador Ademilson Jeferson Paes, o
Tiguila Paes (Cidadania), apresentou requerimento pedindo ao prefeito Du Cazellato
(PL) informações sobre a situação. No documento, ele destacou a gravidade do
problema e a falta de previsão para a chegada dos medicamentos, afirmando que a
falta de remédios compromete o direito à saúde, garantido por lei.
“Com base nos relatos de médicos, enfermeiros e munícipes,
podemos ter a confirmação de que a precariedade na rede municipal de Saúde de
Paulínia tem causado sérios problemas, além de ser motivo de constantes
reclamações nas redes sociais. Entre os problemas mais graves que têm atingido
o setor, a falta de medicamentos no hospital municipal e nas unidades básicas
de saúde lideram as queixas dos usuários, que não encontram na rede os remédios
prescritos para os seus respectivos tratamentos médicos. A questão é que não se
tem previsão de chegada desses medicamentos, ou seja, o direito à saúde pública
que é garantido pela Constituição, não vem sendo respeitado. Portanto, não se
trata de mera decisão política a compra dos remédios, mas imposição da lei
maior. A população não pode e nem deve ficar refém da burocracia, uma vez que
um único dia pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa”, afirmou
Tiguila Paes.
No requerimento, o vereador solicita informações detalhadas
sobre a última aquisição de remédios e materiais básicos para a rede municipal
de saúde, além de um organograma de distribuição. Ele também pleiteia a
publicação integral do requerimento no Diário Oficial do município para
garantir a transparência e publicidade necessárias. A prefeitura não se
posiciona sobre o assunto.
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