Saúde
Região receberá repasses estaduais para enfrentar e controlar a dengue neste início de ano

Estado destina R$ 4 milhões para cidades da região combaterem a dengue

Secretaria de Estado da Saúde contempla Hortolândia, Sumaré, Paulínia, Monte Mor e Nova Odessa na distribuição de recursos em ano que pode ser epidêmico; Sumaré receberá R$ 1,449 milhão, o maior montante da região

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O governo paulista vai destinar pouco mais de R$ 4 milhões para as cinco cidades da região. Sumaré é a que mais vai receber recursos, segundo o Estado. O recurso, repassado pelo Governo do Estado, será destinado a Hortolândia, Sumaré, Paulínia, Monte Mor e Nova Odessa, com valores proporcionais às demandas e ao número de habitantes de cada município. A divisão dos repasses será a seguinte: Hortolândia receberá R$ 1,187 milhão, Sumaré R$ 1,449 milhão, Paulínia R$ 572,5 mil, Monte Mor R$ 514,2 mil e Nova Odessa R$ 308,5 mil.

O investimento deve ser utilizado em ações estratégicas, como campanhas de conscientização, reforço na aplicação de inseticidas, mutirões de limpeza, contratação de equipes temporárias, aquisição de insumos e melhorias na infraestrutura de saúde pública. O objetivo é intensificar a prevenção e o tratamento com a chegada do verão, período em que as condições climáticas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Esse montante faz parte de um investimento total de R$ 228 milhões do programa IGM SUS Paulista, que será destinado aos 645 municípios.

A dengue continua sendo um desafio para as administrações municipais, exigindo esforços coordenados entre os entes públicos e a sociedade civil. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou na última semana o decreto de criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika.

Para coordenar estratégias e ações de combate ao mosquito, bem como apoiar as regiões no planejamento estratégico, o COE é formado pela Secretaria de Estado da Saúde, Casa Civil, Casa Militar/Defesa Civil, Secretaria de Comunicação, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Educação, Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Secretaria de Desenvolvimento Social, além do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo e Exército como convidados.

SOROTIPO 3

O sorotipo 3 da dengue estava com baixa predominância desde 2016, e foi reintroduzido no Estado de São Paulo em 2023, sendo identificado pelo monitoramento das unidades sentinelas para arboviroses. As autoridades reforçam a importância dos cuidados no combate ao mosquito transmissor, destacando que, devido a não circulação prolongada desse sorotipo por um período, grande parte da população encontra-se vulnerável à infecção.

Desde o ano passado, o Governo de São Paulo investiu mais de R$ 225 milhões no combate à dengue. Os valores são referentes à antecipação de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista, aquisição de 6 mil litros de adulticida (inseticida usado no combate a formas adultas do mosquito Aedes aegypti), que teve investimento total de R$ 4,3 milhões. A Secretaria de Estado da Saúde também investiu R$ 9,7 milhões em medicamentos e insumos para o combate à doença. Além disso, foram transferidos R$ 5,1 milhões para os municípios adquirirem repelentes específicos para a população gestante.

Também foram adquiridos 133 equipamentos de nebulização portátil e mais seis de nebulização ambiental, que são acoplados nas viaturas. Toda a rede de leitos hospitalares foi monitorada para atender aos casos graves e de alta complexidade da doença.

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