Epidemia de dengue piora e Paulínia tem cenário mais alarmante da doença
São mais de 1,6 mil casos confirmados na cidade,
ultrapassando significativamente as estatísticas de municípios vizinhos;
agendamento para vacinação será aberto na próxima segunda-feira (15) para
crianças de dez e 11 anos
Da Redação | Tribuna Liberal
A cidade de Paulínia enfrenta cenário preocupante em meio à atual epidemia de dengue, com números que superam os registros de casos em outras localidades da região e acende o alerta das autoridades. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelas autoridades de saúde estaduais, Paulínia contabiliza um total de 1.602 casos confirmados da doença, ultrapassando significativamente as estatísticas de municípios vizinhos. A Prefeitura abrirá agendamento para a vacinação na próxima segunda-feira (15).
Comparativamente, Sumaré apresenta 1.524 casos, enquanto Nova Odessa registra 1.461. Monte Mor e Hortolândia também enfrentam desafios, com 777 e 567 casos, respectivamente. No entanto, é em Paulínia que a situação se mostra mais crítica, demandando uma resposta urgente por parte das autoridades e da comunidade local.
A prefeitura vai abrir agendamento na próxima segunda para aplicação da 1ª dose da vacina contra a dengue. O público alvo são crianças de dez e 11 anos, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. O agendamento deverá ser realizado pelo Serviço de Teleatendimento, através do número (19) 3939.7045, de 2ª a 6ª, das 8h às 17h. A imunização terá início na terça-feira (16), em todas as Unidades Básicas de Saúde do município. “Apesar de estar disponível em todas as UBSs, é importante ressaltar que a vacina só será aplicada em crianças cujos pais e/ou responsáveis tenham realizado o agendamento”, explicou o secretário de Saúde de Paulínia, Alexandre Brandt.
A Secretaria de Saúde reforça ainda que a vacina foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A campanha faz parte do Programa Nacional de Imunizações do Governo Federal, sendo o Brasil o primeiro país do mundo a incorporar o imunizante à rede pública de saúde. A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, e seus sintomas podem variar de leves a graves, incluindo febre alta, dores musculares e articulares, além de complicações mais sérias que podem levar à hospitalização e, em casos extremos, ao óbito.
Diante desse quadro alarmante, é crucial que medidas de prevenção e controle sejam intensificadas em Paulínia e em todas as áreas afetadas pela epidemia. Ações de conscientização da população sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito, como recipientes com água parada, são fundamentais para conter a propagação da doença. Além disso, o poder público deve investir em estratégias de combate ao vetor, como a realização de mutirões de limpeza, aplicação de inseticidas e ações de monitoramento e controle dos focos de infestação.
DIVULGAÇÃO LENTA
A Prefeitura de Paulínia, porém, só divulgou em seu site oficial em 19 de março a realização de ações de mutirão com a vistoria de 1,4 mil imóveis, durante a realização do Dia D de Combate à Dengue. As ações aconteceram em diversos bairros da cidade, com o objetivo de combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti no município.
REGIÃO
As prefeituras da região receberam nesta semana um total de 14,1 mil doses de vacina contra a dengue. A distribuição dos imunizantes é parte dos esforços para combater a propagação da doença na região. A aplicação das doses já começou em menores de idade.
A distribuição das doses segue a seguinte divisão: em Nova Odessa, são 1.079 doses; em Paulínia, 2.077 doses; em Hortolândia, 4.298 doses; em Monte Mor, 1.321 doses; e em Sumaré, 5.334 doses. A medida acontece depois de o Ministério da Saúde considerar a epidemia na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Agora, o público-alvo da campanha são crianças e adolescentes de dez a 14 anos.
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