Saúde
600 casas por região serão alvos da procura por larvas do mosquito da dengue

Em alerta por riscos de infestação, Sumaré realiza Operação Dengue

Agentes de endemias devem vistoriar cerca de 4 mil imóveis pedindo colaboração da população na eliminação de criadouros

Paulo Medina | Sumaré 

Diante de uma previsão de infestação de casos de dengue para este ano, notabilizada pelo Ministério da Saúde, Sumaré promove a Operação Dengue. A Secretaria Municipal de Saúde informou manter um trabalho constante de identificação de possíveis criadouros do Aedes aegypti em todas as regiões do município. Ao menos 600 casas por região devem ser vistoriadas em um total de 4 mil residências, que serão alvos das buscas por larvas do Aedes Aegypti, de acordo com a administração.

Conforme o último boletim da Vigilância Epidemiológica, durante todo o ano de 2022, foram confirmados 1 mil casos de dengue na cidade dentre 2.549 notificações. As regiões do Matão, Maria Antônia e Central são as que tiveram maior número de casos confirmados. No Matão, foram 238 casos, enquanto no Maria Antônia foram 231 casos e na região Central 213 registros da doença. Já os casos de Chikungunya e Zika totalizam quatro casos confirmados, sem a ocorrência de mortes.

“Os agentes de endemias fazem o trabalho focado em visitas casa a casa, com a verificação dos quintais, aplicação de larvicida (quando necessário), além de orientações e distribuição de panfletos sobre os sintomas das arboviroses e medidas de controle da proliferação do mosquito. Os trabalhos contaram com a participação das equipes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, que retiraram os materiais inservíveis, eliminando possíveis criadouros para o Aedes aegypti”, explicou a superintendente da Vigilância Epidemiológica, Denise Barja.

Denise afirma que, atualmente, a cidade conta com 35 agentes de endemias divididos em três equipes completas responsáveis por percorrer o município. Os colaboradores estão identificados com uniformes e crachás e, em caso de dúvida, a população pode entrar em contato pelo canal de atendimento 156.

Sobre as medidas de controle adotadas, a superintendente diz que as principais são: distribuição de big bags (sacolas para descarte regular de coleta seletiva), telas para cobertura de caixas d’água, operações para coleta de entulhos, além do levantamento de informações necessárias para elaboração do IB (Índice de Breteau) – valor numérico que leva em consideração a densidade larvária pelo número total de locais visitados. A previsão é que o resultado desta edição seja divulgado até fevereiro. Anualmente, são realizados quatro levantamentos para o cálculo do índice.

Com a realização do Breteau, é possível saber as áreas com maior proliferação do mosquito e qual o tipo de criadouro predominante em cada região. Com o resultado pronto, é possível saber as regiões com maior índice larvário e, assim, desenvolver e intensificar ações específicas para o combate ao mosquito levando em consideração as especificidades da região.

“O combate ao Aedes aegypti é um trabalho permanente na nossa cidade. Não podemos descuidar principalmente neste período de chuvas e calor. É muito importante que a população continue adotando todas as medidas necessárias para evitar a proliferação do mosquito. Também reforçamos a importância da destinação correta de resíduos, evitando o descarte irregular de lixo, inservíveis e entulhos em terrenos baldios, áreas verdes, ruas e calçadas. Somente juntos podemos vencer essa batalha: cuidando do nosso próprio quintal e também da nossa cidade”, pediu o prefeito Luiz Dalben (Cidadania).

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