Saúde
Temor é que tempo abafado e quente colabore para o aumento de casos nas próximas semanas

Com calor concentrado, região chega a 22 mil casos de dengue e 61 pacientes em estado grave

Sumaré e Hortolândia têm mais casos da doença: 6,5 mil e 3,7 mil casos, respectivamente; dos 61 pacientes em estado grave, muitos deles estão internados nos hospitais instalados na região

Da Redação | Tribuna Liberal 

O calor intenso e o tempo seco que predominam na região nas últimas semanas têm contribuído para um cenário alarmante para a dengue. As cidades de Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia, que enfrentam uma epidemia da doença, chegaram a 22 mil infectados, com 61 pessoas em estado grave. O acúmulo de focos de dengue, associado às condições climáticas, está impulsionando a disseminação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. 

O calor e a estiagem favorecem a proliferação de criadouros em recipientes que armazenam água parada, seja em vasos, pneus ou caixas d’água destampadas. A falta de chuvas regulares mantém o ambiente ideal para o desenvolvimento das larvas do mosquito e as altas temperaturas aceleram o ciclo de vida do inseto. Apesar da falta de chuva, a água pode se acumular quando se tem piscinas sem a devida manutenção e se lava a casa, sem prestar atenção em ambientes que ficaram com água parada.

As cidades de Sumaré e Hortolândia são as que têm mais casos. Sumaré contabiliza mais de 6,5 mil casos, enquanto Hortolândia, 3,7 mil. Monte Mor e Nova Odessa, embora com menor número de habitantes, somam 2,7 mil e 3,8 mil casos, respectivamente. Paulínia registra mais de 4,2 mil casos. Dos 61 pacientes em estado grave, muitos estão internados nos hospitais da região. Entre os principais sintomas apresentados por esses casos mais críticos estão sangramentos, dores abdominais intensas e choque circulatório. 

O aumento nas internações pressiona os sistemas de saúde locais, que enfrentam sobrecarga devido à alta demanda em 2024. Médicos e enfermeiros estão em alerta máximo para lidar com o agravamento dos sintomas e a rápida evolução da doença em alguns pacientes. As prefeituras das cidades afetadas atuam de modo intenso com ações de combate ao mosquito durante todo ano. São realizados mutirões de limpeza e inspeções em áreas consideradas de risco. Agentes de saúde visitam residências para orientar a população sobre a eliminação de focos e o uso de repelentes, especialmente para grupos de risco, como idosos, gestantes e crianças.

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Entre os sintomas mais comuns estão febre alta, dores musculares, dor de cabeça, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, pode ocorrer a chamada dengue hemorrágica, caracterizada por sangramentos e falência de órgãos. Com o clima seco e quente, especialistas temem que os números possam aumentar ainda mais nas próximas semanas. O cenário exige atenção, especialmente com a aproximação das chuvas de verão, que podem intensificar ainda mais a proliferação do mosquito caso as ações de combate não sejam efetivas.

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