Saúde
Agentes já realizaram mais de 70 mil ações individuais de combate ao mosquito entre janeiro e novembro

Com 3,5 mil casos confirmados, Nova Odessa registra a 4ª morte por dengue

Vítima é um homem de 47 anos que estava internado no Hospital e Maternidade Municipal; caso vinha em investigação epidemiológica, sendo confirmado apenas agora

Da Redação | Tribuna Liberal

No dia 22 de novembro, foi registrado o quarto óbito de morador de Nova Odessa por dengue neste ano. A doença vitimou em abril um homem de 47 anos que estava internado no Hospital e Maternidade Municipal, cuja caso vinha em investigação epidemiológica desde então, sendo confirmado apenas agora. A cidade registra atualmente 3.548 casos confirmados da doença.

Com o retorno das chuvas e do calor neste segundo semestre, o Setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Nova Odessa mantém o combate diário ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue – além dos vírus da zika e chikungunya. Segundo a prefeitura, O trabalho não parou, na verdade, mesmo durante os meses de inverno. Tanto que os agentes já realizaram 73.613 ações individuais de combate ao mosquito entre janeiro e novembro deste ano.

“Temos uma equipe muito dedicada de combate ao mosquito. Eles realizam o trabalho ‘casa a casa’ de segunda a sexta-feira, faça sol ou faça chuva, e ainda trabalham nos sábados, no reforço do combate ao mosquito. Já voltamos a registrar casos positivos de dengue neste final de ano, o que nos deixa em situação de alerta”, explicou a secretária municipal de Saúde, Adriana Welsch.

A ação mais frequente foi a nebulização casa a casa contra os mosquitos fêmeas adultos, uma novidade da Prefeitura neste ano: foram atendidos 30.243 imóveis de praticamente todos os bairros da cidade, sempre que havia dois ou mais casos confirmados de dengue na vizinhança. Em seguida, vêm as ações diversas (com 18.021 ações), seguidas pelas visitas casa a casa por agentes de Zoonoses, com 17.756 imóveis vistoriados.

No sábado (30), por exemplo, a equipe promoveu a ação conhecida como arrastão no Jardim Campos Verdes, onde foram visitados 179 residências e estabelecimentos. Foi recolhido um caminhão de materiais inservíveis do interior dos imóveis visitados e das praças e áreas verdes do bairro, e encontrada um criadouro com larvas do Aedes. No ano, apenas os arrastões aos sábados visitaram 6.302 imóveis.

A guerra diária ao mosquito continua essencial, é uma responsabilidade de todos – não apenas do Poder Público. Isto porque de 80% a 90% dos criadouros são encontrados no interior dos imóveis particulares das cidades. E o restante costuma ser encontrado em pontos de descarte irregular de lixo e entulho, como praças, terrenos e áreas verdes.

Assim, para reduzir efetivamente a incidência da doença, a coordenadora do Setor de Zoonoses do Município, Paula Faciulli, ressaltou mais uma vez ser “essencial a participação ativa da própria população, na busca e eliminação de todo e qualquer material que posso acumular água parada nas residências, quintais, terrenos e estabelecimentos”.

“O Aedes é praticamente um ‘animal doméstico’. A maioria dos criadouros do mosquito Aedes é encontrada no interior dos imóveis. Principalmente em material acumulado, como embalagens, garrafas, pneus, vasos, mas também em calhas, ralos e box de banheiros, entre outros. Então o trabalho em conjunto de todos, população e Poder Público, é essencial para redução do número de casos da doença e na eliminação do mosquito”, destacou a experiente médica veterinária.

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