Brischi não dá previsão para retomar obra em posto de saúde de Monte Mor
Prefeito não tem prazo para conclusão de unidade de saúde do
São Gabriel, que vive imbróglio desde 2016; ‘atual gestão não colocou uma pedra
lá’, afirma presidente da Câmara, Altran José
Paulo Medina | Tribuna Liberal
O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PSD), confirmou ao vereador e presidente da Câmara Altran José (MDB), por meio de requerimento, que ainda não há previsão e uma data certa para retomar as obras da unidade de saúde do São Gabriel. Em um comunicado oficial, o prefeito discute a situação crítica da unidade de saúde.
A referida unidade, que conta com um convênio junto à União, teve sua construção iniciada em 2016. Na época, a prestadora responsável recebeu a primeira parcela no valor de R$81.600,00, mas não prestou contas à gestão da época nem ao governo federal, segundo o prefeito.
As parcelas subsequentes, totalizando R$244.800,00 e R$81.600,00, respectivamente, não foram pagas, levando ao cancelamento da obra em 2023. Diante dessa situação, a gestão municipal anunciou que utilizará recursos próprios para a finalização da obra e, posteriormente, para a entrega à população.
No entanto, não definiu nenhum prazo no documento respondido ao presidente do Legislativo. O prefeito disse que vai buscar, dentro do orçamento anual, os recursos e meios necessários para concluir a construção. “Continua sem previsão, não há previsão nenhuma (de retomar a obra). Na gestãoEdivaldo Brischi ele não colocou nenhuma pedra lá (na construção da unidade de saúde)”, afirmou Altran. Questionada, a Prefeitura de Monte Mor não retornou à reportagem até o fechamento desta edição.
FISCALIZAÇÃO NA SAÚDE
No ano passado, o Tribuna Liberal mostrou uma fiscalização deflagrada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontando falta de medicamento, ausência de controles administrativos do atendimento e a precariedade estrutural em postos de saúde de Monte Mor. Faltam inclusive AVCBs (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) para combate a incêndios. O TCE chegou a classificar um dos ambientes como “insalubres”.
De acordo com o relatório, na USF (Unidade de Saúde da Família) Creusa Carlos da Silva, na região do Jardim Panorama, problemas como falta de identificação do horário de atendimento, falta de relação de serviços disponíveis e a não existência de detalhamento das escalas de atendimento foram constatados.
Foi detectado ainda na fiscalização a existência de equipes incompletas, sem a composição mínima. A unidade não possui AVCB. “Unidade sem extintores de incêndio, com apenas uma entrada/saída, o que pode comprometer a segurança da unidade. Área da espera com problema na cobertura no telhado”, disse a fiscalização na época.
Na USF Maria José Paviotti, faltavam antibióticos de macrodantina, indicado para o tratamento e prevenção de infecção urinária.
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