Saúde
Parlamentar afirma que moradores do Jardim Colina são prejudicados, mas problema se estende pela cidade

Após falta de remédios, Murilo Rinaldo é cobrado pela demora em consultas

Vereador Alexandre Pinheiro pede contratação de mais médicos na rede de saúde de Monte Mor apontando urgência e dizendo que pacientes não podem esperar até novembro para passar por clínico geral, como relatam usuários da cidade

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Depois de denúncias sobre a falta de medicamentos na rede municipal de saúde de Monte Mor, o prefeito Murilo Rinaldo (PP) agora está sendo cobrado pela demora na marcação de consultas com clínicos gerais e outros médicos da cidade.

O vereador Alexandre Pinheiro (Republicanos) faz questionamentos à atual gestão, cobrando providências para suprir a carência de profissionais na saúde pública do município. “É uma necessidade urgente, urgentíssima da nossa cidade, do nosso povo. Não dá para você esperar até novembro para marcar um clínico geral”, declarou o vereador.

Pinheiro recebeu diversas reclamações de moradores do Jardim Colina, um dos bairros afetados, mas afirmou que o problema se repete em praticamente toda a cidade. “Nós temos grandes Unidades Básicas de Saúde, hoje. Mas o que o nosso povo precisa não é de prédio grande, é de médico”, disse.

Além da contratação urgente de profissionais, o parlamentar sugeriu que a prefeitura invista em soluções tecnológicas para otimizar os atendimentos, como ocorre na rede privada. Pinheiro comentou que a marcação de consultas e a comunicação de ausência do profissional poderiam ser feitas por telefone.

Questionada, a Prefeitura de Monte Mor informou que está ciente da demanda e já solicitou um chamamento para contratar mais especialistas para todas as áreas. “O objetivo é diminuir as filas de espera e não deixar faltar médicos para a população”, disse.

Recentemente, a vereadora Camilla Hellen (Republicanos) denunciou a falta de medicamentos em unidades de saúde de Monte Mor e cobrou mais transparência da prefeitura quanto à compra e distribuição desses remédios. Camilla afirmou ter recebido diversas reclamações de moradores que não conseguiram retirar medicamentos essenciais nos postos de saúde, entre eles citalopram, sulfato ferroso, amoxicilina e ritalina. 

A prefeitura negou a falta de remédios, disse que abriu sindicância para apurar o caso e que comprou novo sistema de monitoramento de medicamentos que será possível identificar em tempo real os remédios que estão em falta em cada unidade.

Em requerimento enviado à prefeitura, a parlamentar solicita uma série de informações detalhadas sobre o controle e abastecimento dos medicamentos na rede pública. Entre os dados pedidos estão: as datas de recebimento dos medicamentos no almoxarifado central, as datas de distribuição para as Unidades Básicas de Saúde, a lista completa dos medicamentos adquiridos pelo município com suas respectivas quantidades, os quantitativos entregues em cada UBS, e as notas fiscais das compras realizadas nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2025.

A prefeitura disse que está ciente da reclamação dos pacientes e informou que já abriu sindicância para investigar o que de fato está ocorrendo “para que os mesmos recebam a informação incorreta”.

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