Saúde
Prefeitura de Monte Mor é alvo de ação na Justiça por vaga e tratamento para criança com autismo

Ação judicial pressiona governo Brischi a fornecer terapia ABA para criança com autismo em Monte Mor

Mãe afirma que filha de cinco anos está matriculada na escola municipal Dona Maria Vialta Bertos, no Jardim Paulista, mas não tem recebido acompanhamento correto; defesa pede liminar e multa diária de R$ 1 mil por descumprimento

Da Redação | Tribuna Liberal

Alessandra Lima, mãe de uma menina de cinco anos, com TEA (Transtorno do Espectro Autista), entrou com uma ação judicial contra o governo Edivaldo Brischi (PSD) e busca garantir uma vaga em uma escola especializada e custeio integral de despesas escolares e transporte para a criança, além de terapia ABA.

Segundo a ação, a menor está matriculada na escola municipal Dona Maria Vialta Bertos, no Jardim Paulista, mas não tem recebido o acompanhamento adequado para seu desenvolvimento, especialmente em relação à metodologia ABA, recomendada por especialistas no tratamento de autismo. A mãe tentou garantir uma vaga para a filha em uma escola de Campinas, uma instituição com abordagem multidisciplinar voltada ao atendimento de pessoas com autismo, mas a menina foi colocada na 366ª posição da lista de espera.

A mãe destaca na ação que, apesar dos esforços da família, apenas o pai da criança trabalha de forma autônoma, e a renda não é suficiente para custear o tratamento. Alessandra argumenta que, sem a intervenção imediata, sua filha corre o risco de ter o desenvolvimento comprometido, além de já apresentar comportamentos agressivos e dificuldade na comunicação.

A defesa baseia-se na Lei 12.764/2012, que garante o direito de crianças com TEA ao atendimento especializado e na obrigatoriedade da matrícula escolar a partir dos 4 anos. Devido à urgência do caso, Alessandra pede uma tutela antecipada, ou seja, uma decisão judicial imediata que garanta a vaga e o tratamento especializado antes do julgamento final.

Na argumentação, seus advogados destacam que a criança corre risco de regressão no seu desenvolvimento, o que pode resultar em danos irreparáveis à sua saúde física e mental. A falta de tratamento adequado, segundo os laudos médicos apresentados ao Judiciário, pode agravar ainda mais os sintomas do autismo, como crises de agressividade e dificuldades de socialização.

A ação também frisa que Monte Mor não possui instituições com estrutura adequada para atender crianças com necessidades especiais como essa. Assim, Alessandra exige que o município providencie a vaga na escola especializada e o transporte adequado, e pede que, em caso de descumprimento, seja aplicada uma multa diária de no mínimo R$ 1 mil ao município.

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