Política
Projeto do vereador Valdir de Oliveira (Republicanos) prevê divulgação de relatório da violência

Vereador propõe Observatório da Violência contra Mulher em Sumaré

Projeto cria banco de dados para planejar políticas públicas de proteção e inclusão social de vítimas; estatísticas tabuladas devem observar toda forma de violência, inclusive psicológica e patrimonial, além de feminicídios

Da Redação | Tribuna Liberal

Um projeto de lei de autoria do vereador Valdir de Oliveira (Republicanos) pretende criar o Observatório da Violência contra a Mulher em Sumaré. A ideia é fomentar um banco de dados que poderá nortear as políticas públicas de proteção e inclusão social de mulheres vítimas de violência na cidade. A medida consta no Projeto de Lei nº 183/2023. O PL passará pelas comissões da Câmara e depois poderá ser pautado para votação.

Nos dados e estatísticas tabulados e analisados pelo observatório deverão constar qualquer forma de violência que vitime a mulher, como lesão corporal, ameaça, todas as formas de violência psicológica e patrimonial, além de feminicídio tentado ou consumado.

Os dados deverão ser extraídos das bases das secretarias municipais de Saúde; Cidadania; Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social; Educação; Segurança Pública; além da Delegacia de Defesa da Mulher, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Ainda conforme o projeto de lei, o método a ser utilizado para coleta, tabulação e trabalho dos dados deverá seguir um padrão único. O período para divulgação dos dados e do Relatório da Violência contra a Mulher no Município de Sumaré será semestral. Os relatórios deverão ser divulgados de forma ampla e transparente para que o público possa ter acesso fácil.

Além disso, a apresentação do relatório deverá ser exposta e debatida no âmbito do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. “As estratégias e planos para registro de informações pretendem contribuir de forma mais ampla para gerar dados que demonstrem a magnitude da violência contra as mulheres como uma questão a ser enfrentada por diferentes setores e categorias profissionais”, defende o vereador Valdir.

Caso a lei seja aprovada, os profissionais das redes de saúde, educação, assistência e segurança pública do município serão obrigados a registrar os casos de violência contra a mulher em banco de dados específico. Desta mesma forma, devem registrar ou orientar o registro de ocorrência policial em casos que caracterizem crimes, representando, assim, uma forma efetiva do município para reduzir a subnotificação de casos à Justiça.

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