Vereador Paulo Porto aponta suposto ato de homofobia em Nova Odessa
Parlamentar afirma que caso ocorreu durante reunião oficial entre o Executivo e lideranças religiosas da cidade na última sexta-feira e que secretário-adjunto de Governo teria tratado orientação sexual do diretor geral da Câmara com ‘demérito’
Paulo Medina | Tribuna Liberal
O vereador novaodessense Paulo Porto (PSD) apresentou nesta
segunda-feira (20) uma moção que repudia suposto caso de homofobia cometido por
um secretário-adjunto de Governo da Prefeitura de Nova Odessa contra o diretor
geral da Câmara de Nova Odessa, Lucas Camargo.
Segundo o documento apresentado pelo vereador, na última
sexta-feira (17) durante uma reunião oficial do Executivo junto a lideranças
religiosas do município, o secretário-adjunto pontuado a orientação sexual do
diretor geral da Câmara como sendo um “demérito” e pedindo a oração dos
presentes, pois a “Câmara tem hoje um homossexual assumido ocupando o cargo”.
“Tenho muito orgulho de ser o primeiro vereador homossexual
assumido e o mais jovem desta legislatura de Nova Odessa, além de ter alcançado
um grande número de votos que me permitiu ser o segundo mais votado da eleição.
Não vou tolerar crimes de ódio contra quem quer que seja, independente de quem
os cometa”, destacou o vereador.
A homofobia é crime no Brasil, sendo considerado um crime
imprescritível e inafiançável. “Essa declaração do secretário-adjunto de
Governo precisa ser combatida para evitar novos atos de ódio e discriminação,
que não devem fazer parte da postura de uma pessoa que ocupa cargo público”,
declarou Paulo Porto.
A moção estará na pauta da primeira sessão ordinária de
2025, marcada para o dia 03 de fevereiro, a partir das 14h.
Segundo o diretor geral do Legislativo, Lucas Camargo, relatou ao Tribuna Liberal na noite desta segunda-feira, as medidas sobre o episódio serão tomadas judicialmente. “Junto com meu advogado, Dr. Fabio Martins, tomarei as medidas jurídicas previstas em lei”, afirmou Camargo.
OUTRO LADO
Em nota, o prefeito Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD),
reforçou que “não compactua nem tolera qualquer tipo de intolerância ou
preconceito em sua gestão, a mais inclusiva e plural da história de Nova
Odessa”. O prefeito disse que “graças a estes princípios de tolerância e
igualdade, a Legislatura 2025-2028 da Câmara Municipal é também a mais
representativa da História da cidade”.
“Isto porque sua Coligação “Continuar Cuidando de Nova
Odessa” elegeu dois vereadores pretos (Oséias Jorge e Marcelo Maíto), duas
mulheres (Marcia Rebeschini e Priscila Peterlevitz, que também representa a
causa animal) e um LGBTQIAPN+ (Paulo Porto)”, diz a nota.
Leitinho acompanha os desdobramentos da situação relatada
envolvendo supostas declarações de Moisés Lima e orientou o secretário-adjunto
a esclarecer pessoalmente sua fala ao diretor da Câmara, Lucas Camargo.
O próprio secretário-adjunto informou já ter procurado o diretor
da Câmara na sexta-feira para prestar tais esclarecimentos, não encontrando-o.
Mas um encontro entre os dois deve acontecer nas próximas horas.
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