Sumaré tem abstenção recorde e supera o percentual dos que não votaram na capital paulista

• 29/10/2024

66,8 mil eleitores não compareceram às urnas para escolher o próximo prefeito de Sumaré neste segundo turno polarizado entre Henrique do Paraíso (Republicanos) e Willian Souza (PT)

Da Redação | Tribuna Liberal

As eleições municipais deste domingo (27) trouxeram uma marca histórica para Sumaré, onde a taxa de abstenção chegou a um novo recorde de 32,92%, com 66.838 eleitores que optaram por não comparecer às urnas. O número de eleitores ausentes superou até mesmo a abstenção registrada no primeiro turno na cidade, que foi de 27,50% (55.841 eleitores). O índice em Sumaré ultrapassou a taxa da capital paulista, que também teve abstenção recorde de 31,54% – o maior número registrado em um segundo turno em São Paulo.

Em meio a mais de 200 mil eleitores cadastrados em Sumaré, 123.671 votos foram considerados válidos, representando 90,81% dos votos computados. Os votos em branco somaram 5.533 (4,06%), enquanto os nulos atingiram 6.990 (5,13%).

A alta abstenção reflete uma tendência de afastamento de parte dos eleitores do processo eleitoral, seja por insatisfação com a política, desmotivação ou até mesmo por questões logísticas. Especialistas em comportamento eleitoral apontam que, embora o índice de comparecimento ainda seja expressivo, a taxa de ausência se torna significativa em momentos de decisões locais importantes, como a escolha do prefeito.

Henrique do Paraíso (Republicanos) foi eleito com 58,22% dos votos válidos (72.003 votos), vencendo Willian Souza (PT), que obteve 41,78% dos votos (51.668 votos). No entanto, a taxa de abstenção recorde pode servir de alerta para o novo governo, que deve trabalhar para reconquistar a confiança e o engajamento de uma parcela da população.

Comparativamente, a cidade de São Paulo também registrou recorde de abstenções, com 31,54% de eleitores ausentes no segundo turno, totalizando 2.940.360 pessoas. Na Capital, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito, derrotando o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Apesar do recorde de abstenção em São Paulo, Sumaré superou a taxa da metrópole paulista, um indicativo de que a situação é ainda mais acentuada em algumas cidades do interior.

O aumento expressivo da abstenção nas eleições de Sumaré, ultrapassando até mesmo a Capital paulista, evidencia um desafio para o sistema político e as administrações municipais, que precisam buscar formas de engajar e motivar os cidadãos a participarem ativamente do processo eleitoral. Somando a abstenção, votos brancos e nulos, o total chega a superar a votação do candidato vencedor, Henrique do Paraíso.