Política
Suspeitos foram abordados distribuindo materiais de candidatos nas proximidades de zonas eleitorais

Quatro pessoas são presas por boca de urna durante eleições em Sumaré

Prática configura propaganda irregular e pode levar ao pagamento de uma multa no valor de R$2 mil a R$8 mil; acusados foram ouvidos e liberados

Da Redação | Tribuna Liberal

Quatro pessoas foram presas neste domingo (27) em Sumaré por suspeita de praticar boca de urna durante o segundo turno das eleições municipais. Segundo a PM (Polícia Militar), os suspeitas estavam distribuindo materiais de candidatos nas proximidades de zonas eleitorais, o que é proibido no dia da votação. Os acusados foram ouvidos e liberados.

Na Escola Estadual Maria de Lourdes Martins, duas mulheres foram flagradas com santinhos dentro da bolsa, nas proximidades do colégio eleitoral. Elas alegaram que teriam sido pagas por um homem para entregar o material. A ocorrência configura crime de boca de urna.

Já na Escola Estadual Elysabeth de Mello, outras duas pessoas foram encaminhadas para a delegacia, após os policiais suspeitarem de um motociclista que recebeu um objeto de uma mulher. A mulher estava com um material de campanha e ao perceber que seria abordada passou todo material que segurava para o outro suspeito.

Com eles, foram encontrados celulares, panfletos e chaves de um carro, onde havia uma sacola com dinheiro e mais materiais de campanha.

FACÇÃO CRIMINOSA

O 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar) suspeita de possíveis compras de votos por parte de organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas para direcionamento de partido político em eleições municipais. A lei eleitoral impede a propaganda eleitoral no dia da votação, a chamada “boca de urna”. O derramamento de santinhos é considerado um meio de beneficiar candidatos e partidos, já que a intenção é tentar persuadir os indecisos.

A pena é detenção de seis meses a um ano, com a possibilidade de aplicação de pena alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, além de multa. A prática também configura propaganda irregular, que pode levar também ao pagamento de uma multa específica no valor de R$2 mil a R$8 mil.

Um homem de 37 anos foi preso com título irregular no bairro Picerno I, próximo a um colégio eleitoral na Rua da Esperança, logo no início das votações. Além de portar um título de eleitor irregular, o suspeito já era procurado pela Justiça, acusado de tráfico de drogas e furto qualificado. Ele foi levado à delegacia, onde permaneceu à disposição da Justiça. 

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