Prefeito de Sumaré terá desafio de dialogar com bases de oposição para garantir governabilidade
Coligação de Willian Souza consolidou a maior bancada na
Câmara de Sumaré com nove vereadores e tem ‘trunfo’ para próximo mandato; Eder
Dalben que ficou em terceiro lugar conquistou sete cadeiras e Henrique do
Paraíso, cinco
Da Redação | Tribuna Liberal
O próximo prefeito de Sumaré enfrentará um cenário político
desafiador na Câmara Municipal, já que a composição de vereadores eleitos
denota uma diversidade de bases de apoio e alianças políticas. O próximo gestor
terá de dialogar com nove parlamentares eleitos na base do candidato a
prefeito, Willian Souza (PT), que tem a maior bancada no Legislativo a partir
de 2025, cinco nomes ligados a Henrique do Paraíso (Republicanos), e sete
vereadores alinhados com o prefeito Luiz Dalben (PSD) e Eder Dalben
(Cidadania). Com isso, o futuro governante, que será Willian ou Henrique,
precisará demonstrar capacidade de articulação entre os grupos de oposição para
garantir governabilidade.
Na corrida do segundo turno, que ocorrerá no dia 27 de
outubro, Henrique do Paraíso e Willian Souza disputam a cadeira de prefeito.
Henrique terminou o primeiro turno na liderança, com 57.171 votos (44,41%),
enquanto Willian obteve 40.550 votos (31,50%). Porém, independentemente de quem
vencer, o novo prefeito terá de lidar com uma Câmara fragmentada, que reflete
as diferentes forças políticas da cidade.
A base de Willian Souza, que elegeu nove vereadores,
representa a principal força política no Legislativo. Destacam-se Alan Leal
(PRD), o mais votado com 3.376 votos, e João Maioral – João da Farmácia (PDT),
que obteve 2.685 votos. Outros nomes importantes incluem Wellington Souza (PT),
com 1.900 votos, e Rodrigo Digão (União), com 1.842 votos. Esses parlamentares,
ao lado de outros como Allan Sangalli (PSB) e Lucas Agostinho (União), formam
um bloco plural que poderá atuar tanto como aliado, caso Willian vença, quanto
como oposição, caso Henrique seja o vencedor.
Por outro lado, a base de Henrique do Paraíso conseguiu
eleger cinco vereadores. Entre os mais votados estão Rai do Paraíso
(Republicanos), com 2.261 votos, e Welington da Farmácia (MDB), que obteve
2.249 votos. Além deles, Valdir de Oliveira (Republicanos), Professor Edinho
(Republicanos), e Tavares (PL) completam o grupo, que dará suporte ao
candidato, caso ele vença o segundo turno. Em caso de vitória no pleito,
Henrique ainda terá de abrir conversas como grupo de Willian e Dalben, que
juntos, somam 16 parlamentares.
A base de Luiz Dalben e Eder Dalben, que conquistou sete
cadeiras na Câmara, é outro grupo político relevante. Joel (PSD), com 2.884
votos, lidera esse grupo, seguido por Tião Correa do Postinho (PSDB), com 2.490
votos, e Hélio Silva (Cidadania), com 1.916 votos. Esses vereadores têm um
histórico de apoio à atual gestão e poderão ser uma força moderadora importante
na Câmara. Além deles, Fabinho (PSD), Dudu Lima (Cidadania), Pereirinha
(Cidadania) e Cezão da Farmácia (PP) também integram a base Dalben, que poderá
influenciar o segundo turno e as decisões do próximo prefeito eleito.
Nesse contexto, o próximo prefeito de Sumaré precisará de
habilidade política para construir alianças com a Câmara. Se Willian Souza for
eleito, ele terá o apoio direto de sua base de nove vereadores, o que
facilitará a implementação de seu plano de governo. No entanto, a base de
Henrique do Paraíso e o bloco Dalben podem formar oposição, exigindo negociação
contínua. Dessa maneira, Souza terá de buscar mais vereadores para a sua base
de apoio.
O segundo turno em Sumaré decidirá o próximo prefeito e
definirá como o novo governo terá de se relacionar com uma Câmara Municipal
altamente fragmentada.
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