Justiça Eleitoral de Hortolândia faz apreensão de jornal apócrifo com acusações contra candidato Cafu
Servidores da Justiça Eleitoral e Guarda Municipal de
Hortolândia, cumpriram mandado de busca e apreensão no bairro Boa Esperança; no
local foram encontrados 34 pacotes do material que estava sendo distribuído
pela cidade
Beto Silva | Tribuna Liberal
Na tarde desta sexta-feira (27) servidores da Justiça
Eleitoral, acompanhados pela Guarda Municipal de Hortolândia, cumpriram mandado
de busca e apreensão em uma casa no bairro Boa Esperança. No local, foram
encontrados 34 pacotes de jornais com conteúdo relacionado à denúncia de
propaganda negativa contra o candidato a vice, Cafu César. O morador da
residência, R.C.F.C., afirmou que os materiais pertenciam a seu ex-cunhado,
C.L.S., que teria solicitado que ele os guardasse. Segundo o morador, C. possui
uma empresa de distribuição de panfletos, mas ele não soube informar o endereço
da empresa.
Nesta semana, a coligação ‘O Trabalho Tem Que Continuar,
Hortolândia Não Pode Parar’, composta pelos partidos Republicanos, PP, Podemos,
PSB, PSD e a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), ingressou com uma
representação eleitoral contra o jornal Hortolândia News e C.L.S sob a acusação
de disseminar propaganda eleitoral negativa. Segundo a denúncia, um jornal
apócrifo (sem identificação de responsáveis) foi distribuído na cidade no dia
22, contendo acusações falsas contra o candidato a vice, Cafu César.
A publicação, segundo a coligação, estampava a manchete
‘Maior esquema de corrupção da história foi pago com dinheiro de Hortolândia
por Cafu César’, e detalhava um suposto esquema de compra de votos em Rio
Grande da Serra, acusando o candidato a vice de Hortolândia de envolvimento no
caso. No entanto, a coligação alega que o conteúdo não apresenta fontes
confiáveis, sendo baseado em informações de uma live, sem a assinatura de um
jornalista responsável ou editoria, o que descaracteriza o material como
notícia jornalística.
Diante disso, a coligação solicitou à Justiça Eleitoral que
fosse tomada uma ação cautelar para busca e apreensão dos materiais,
argumentando que a veiculação dessas informações configura propaganda eleitoral
negativa, violando a legislação eleitoral ao divulgar fatos sabidamente
inverídicos e prejudicar a imagem do candidato.
O juiz eleitoral Luís Mario Mori Domingues acatou o pedido e
determinou a busca e apreensão dos materiais, destacando que qualquer
publicação de cunho jornalístico precisa ter um responsável identificado para
que se reconheça a garantia de liberdade de imprensa. Além disso, a decisão
ressaltou que a distribuição de propaganda eleitoral deve seguir regras claras,
o que não foi respeitado no caso.
Os jornais apreendidos foram recolhidos ao Cartório
Eleitoral, e a Justiça continuará apurando o caso para definir as sanções
cabíveis. A coligação espera que, com a ação judicial, a propagação de fake
news seja combatida de forma eficaz, protegendo a integridade do processo
eleitoral em Hortolândia.
Deixe um comentário