Política
Sessão da Câmara também foi marcada pela leitura de 126 projetos de lei protocolados pelos vereadores

Henrique forma base e maioria dos vereadores rejeita 16 requerimentos

Por 11 votos a 9, parlamentares de Sumaré reprovaram nesta terça-feira questionamentos ao governo sobre áreas como transporte público, construção de novo hospital e descarte irregular; Executivo passa a ter sustentação na Casa de Leis

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Na primeira sessão ordinária do ano, realizada nesta terça-feira (4), a Câmara Municipal de Sumaré revela uma nova configuração política no Legislativo. A maioria dos vereadores rejeitou 16 requerimentos que pediam informações ao prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos) sobre diferentes áreas da administração municipal. O resultado da votação evidencia que o prefeito formou uma base de sustentação do governo na Câmara, obtendo uma possível maioria para barrar pedidos da oposição.

A sessão marcou o início da 18ª Legislatura (2025-2028) e contou com a leitura de 126 projetos de lei protocolados desde o início do ano. Nenhuma dessas propostas foi votada, pois, segundo o regimento da Casa, os projetos precisam ser encaminhados previamente para as comissões permanentes antes de serem discutidos na Ordem do Dia.

O ponto de destaque da sessão foi a rejeição em bloco dos 16 requerimentos, com 11 votos contrários e 9 favoráveis. Votaram a favor da aprovação dos requerimentos os vereadores Allan Sangalli (PSB), Dudu Lima (Cidadania), Geraldo Medeiros (PT), Lucas Agostinho (União Brasil), Ney do Gás (PV), Pereirinha (Cidadania), Rodrigo Digão (União Brasil), Rudinei Lobo (PSB) e Wellington Souza (PT).

Por outro lado, votaram contra os requerimentos os vereadores Alan Leal (PRD), César Bianchi (PP), Fabinho (PSD), João Maioral (PDT), Joel (PSD), Professor Edinho (Republicanos), Rai do Paraíso (Republicanos), Tavares (PL), Tião Correa (PSDB), Valdir de Oliveira (Republicanos) e Welington da Farmácia (MDB).

Os requerimentos rejeitados tratavam de temas como transporte público, construção de hospital municipal, descarte irregular de entulho, filas na Saúde, poda de árvores, câmeras de monitoramento, merenda escolar, gestão educacional, entre outros. Segundo o Regimento Interno da Câmara, essas solicitações têm a função de pedir esclarecimentos detalhados ao Executivo sobre decisões, planos e políticas públicas.

A rejeição dessas proposituras revela o início de mandato próximo entre a maioria do Legislativo e o prefeito Henrique do Paraíso, que registra apoio para barrar investidas da oposição. Aliados defendem que a administração precisa de tempo para implementar suas ações, uma vez que o novo governo começou há um mês.

Os requerimentos são frequentemente propostos, de acordo com o Regimento Interno da Casa, para solicitar pedido de informações ao prefeito sobre determinado assunto, contendo exposição da matéria e questionamentos sobre atos da administração municipal.

Em janeiro, o Tribuna Liberal mostrou que em um movimento político rápido e estratégico, o prefeito Henrique do Paraíso aumentava sua base na Câmara em menos de 20 dias de gestão. A recente aliança anunciada junto ao vereador Alan Leal (PRD), o mais votado de Sumaré, que deixou de compor a base do opositor e derrotado nas eleições, Willian Souza (PT), foi um dos principais indicativos do ganho de território do prefeito no Legislativo.

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