Política
Pessoas que distribuíam o material foram conduzidas ao Plantão Policial para prestar esclarecimentos

GM detém suspeitos de distribuir jornal apócrifo contra candidato a vice Cafu César

Material impresso, com quatro páginas e sem identificação de autoria foi apreendido no domingo e nesta segunda-feira em diferentes bairros

Beto Silva | Tribuna Liberal

No domingo (22) e nesta segunda-feira (23), o presidente do diretório municipal do PP (Partido Progressista) de Hortolândia, Rogério Mion, registrou boletins de ocorrência por calúnia e difamação contra os responsáveis pela produção e distribuição de um jornal apócrifo intitulado ‘HN - Hortolândia News’. O material impresso, com quatro páginas, foi classificado como difamatório contra o candidato a vice-prefeito, Carlos Augusto César, o Cafu, que é vice do candidato a prefeito Zezé Gomes (Republicanos).

O primeiro flagrante de distribuição ocorreu às 13h30 na esquina das avenidas Brasil com Santana, no Jardim Amanda, quando um homem identificado como W.A foi flagrado distribuindo exemplares do jornal. O material estava no interior de um veículo, que exibia adesivos de propaganda do candidato a prefeito pelo PL, Dr. George. Questionado sobre a origem do jornal, W.A alegou que havia sido contratado pelo proprietário da distribuidora para o trabalho.

Mais cedo, por volta das 11h50, integrantes da coligação de Zezé Gomes já haviam flagrado duas mulheres distribuindo o mesmo jornal. A Guarda Municipal foi acionada e as partes conduzidas ao Plantão Policial, onde as mulheres afirmaram trabalhar para um homem identificado como Márcio, que prestava serviços de motorista de aplicativo.

Nesta segunda-feira (23), às 11h40, a Guarda Municipal foi novamente acionada para verificar a distribuição do mesmo material, desta vez na rua Vivaldo José Santana, no Jardim Adelaide. Um homem identificado como R.P foi flagrado com exemplares do jornal e declarou à polícia que foi contratado por um homem chamado Carlos, que o orientou a formar uma equipe para a distribuição no domingo. Além de R.P, outros quatro homens participaram na distribuição e foram apresentados no Plantão Policial juntamente com o material.

Diante dos fatos, Cafu se manifestou publicamente, repudiando a difamação: “Não posso mais tolerar a disseminação de informações falsas e criminosas que visam prejudicar minha confiança. Tomaremos todas as medidas legais cabíveis e entraremos com ações judiciais contra os responsáveis pela produção, pagamento e contratação de pessoas para entrega do jornal, bem como pelo compartilhamento dessas notícias falsas em redes sociais. Todas as publicações nas redes sociais com esta notícia são impressas e serão usadas para responsabilização criminal. Estou amparado pela lei eleitoral e pela lei penal”, declarou.

O artigo 323 do Código Eleitoral tipifica como o crime a disseminação de notícias falsas e fraudulentas por qualquer meio, incluindo internet e mídias tradicionais. A pena prevista é de detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de multa de 120 a 150 dias a mais. A segurança pode ser agravada se o crime por homicídio pela internet, em redes sociais ou por transmissão em tempo real.

A coligação ‘Compromisso com a Vida’, do candidato Dr. George, informou que desconhece o caso dos materiais apócrifos e, por isso, não pode contribuir com as investigações para chegar aos responsáveis. Por meio da assessoria de imprensa, a coligação negou envolvimento com a distribuição do material.

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