Em visita à unidade, Alexandre Padilha afirma que fábrica da EMS é ‘marco histórico para país’
Ministro visitou unidade fabril da farmacêutica em
Hortolândia, a primeira do Brasil voltada à produção mundial de medicamentos
para diabetes e obesidade, os chamados peptídeos
Da Redação | Tribuna Liberal
O ministro-chefe das Relações Institucionais da Presidência
da República, Alexandre Padilha, visitou, nesta quinta-feira (12), a RBBL (Rio
Biopharmaceuticals Brasil Ltda) – nova fábrica de medicamentos da EMS, em
Hortolândia, primeira com tecnologia de ponta para produzir no Brasil e
comercializar no país e no mundo as moléculas de liraglutida e semaglutida (os
chamados peptídeos), destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes.
Acompanhado de Carlos Sanchez, presidente do Conselho de Administração do Grupo
NC (controlador da farmacêutica), Padilha elogiou a planta recém-inaugurada e
destacou que, por meio da parceria público-privada, é possível desenvolver
terapias inovadoras para beneficiar a população.
“Essa nova planta é um marco histórico para a saúde
brasileira, indústria, inovação tecnológica no país. É uma demonstração de que
aqueles empresários que acreditam na inovação, quando têm apoio do governo,
financiamento, apoio da Finep, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e Ministério da Saúde, se comprometendo a organizar a
compra governamental, é possível ao Brasil produzir os medicamentos mais modernos,
como os peptídeos – no caso da EMS, em Hortolândia – e como os biológicos – no
caso da Bionovis, em Valinhos – atendendo à população brasileira, fornecendo
mais segurança para garantia do acesso desses medicamentos no SUS (Sistema
Único de Saúde”, afirmou. Padilha havia visitado pela manhã a Bionovis, que
surgiu em 2012 como uma joint venture formada pela EMS e outros três
laboratórios farmacêuticos para atuar no segmento de medicamentos biológicos de
alta complexidade.
O pronunciamento ocorreu após o ministro conhecer as
dependências da RBBL. Em seu discurso, Padilha destacou ainda os avanços
tecnológicos da indústria farmacêutica, reforçou a importância da soberania
nacional no desenvolvimento científico como garantia para reduzir dependência
estrangeira e ampliar o acesso à saúde a milhões de brasileiros.
“Todos nós vivemos um drama durante a pandemia, que é não
produzir no próprio país os medicamentos importantes para salvar vidas. Temos
essa planta industrial já produzindo peptídeos – absolutamente pronta para
fornecer à população – e também a planta de oncológicos que eu visitei aqui, é
um passo além de autonomia do Brasil. É o país subindo mais um degrau na
autonomia para não ficar sob risco de qualquer oscilação internacional. Então,
é segurança para os pacientes, além de renda, emprego e tecnologia no Brasil e
na região de Campinas”, disse.
A inauguração oficial da RBBL ocorreu em 23 de agosto, com a
presença do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin, da ministra da Saúde
Nísia Trindade; e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além de outras
autoridades. Na ocasião, Padilha cumpria outra agenda e não pôde participar da
solenidade.
SOBRE A RBBL
A RBBL – Rio Biopharmaceuticals Brasil Ltda. tem capacidade
para produzir 20 milhões de unidades de medicamentos por ano e demandou um
investimento de R$ 70 milhões na fábrica – desse total, R$ 48 milhões de
financiamento com o BNDES, em contrato assinado em 2020. De acordo com a EMS, a
fábrica vai gerar 150 novos empregos diretos e cerca de outros mil de forma
indireta.
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