Política
Administração apura conduta de membro da GCM de Monte Mor após relatório detalhando ausências

Em fim de mandato, governo Brischi abre investigação contra guarda municipal após 99 faltas

Prefeitura de Monte Mor instaurou apuração administrativa e vai analisar possíveis faltas não justificadas e longos períodos de afastamento de servidor público municipal; funcionário tem direito à defesa, mas pode ser demitido

Da Redação | Tribuna Liberal

Em meio aos últimos dias de mandato, o governo Edivaldo Brischi (PSD) iniciou somente agora um processo de investigação administrativa contra um servidor da Guarda Civil Municipal que teria acumulado 99 faltas não justificadas e ‘longos períodos’ de afastamento médico nos últimos 12 meses, segundo alega a prefeitura. A medida visa apurar responsabilidades do servidor, cujo comportamento foi considerado pelo governo, em documento oficial, como potencial ‘violação dos deveres funcionais’.

O secretário de Segurança do município, Adriano Vieira Serra, assinou a portaria após receber um relatório da diretoria de Recursos Humanos que detalha as ausências do servidor. Segundo o documento, o servidor teria somado 99 faltas injustificadas até a data do relatório e mais de 48 dias de ausência consecutiva sem justificativa, descumprindo normas de assiduidade, pontualidade e zelo que regulamentam a atuação dos guardas municipais.

O secretário argumenta que a investigação tem respaldo na Lei Complementar 10/2007, que regula o comportamento disciplinar da Guarda Civil Municipal de Monte Mor. O regulamento descreve que os membros da Guarda devem demonstrar assiduidade, obediência às leis, correção de atitude e respeito à coisa pública. Além disso, a legislação estabelece que o não comparecimento ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, ou mais de 60 dias intercalados dentro de um ano, pode levar à demissão, salvo em casos de força maior ou coação ilegal.

O secretário justificou a instauração do inquérito com base em lei complementar. O inquérito administrativo dará ao servidor o direito ao contraditório e à ampla defesa, conforme prevê a legislação municipal. A comissão encarregada da investigação terá um prazo inicial de 90 dias para concluir o inquérito, podendo prorrogar esse período caso o Corregedor-Geral da Guarda julgue necessário. A depender do resultado da apuração, servidor poderá enfrentar sanções, incluindo a possibilidade de demissão. Essa ação ocorre em um momento de transição da gestão.

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