Política
Candidato a vereador pelo PT processa Cazellato e pede liminar para manter remuneração

Em ação judicial, sindicalista acusa Du Cazellato de abuso de autoridade

Rodrigo Macelari, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Paulínia solicitou afastamento funcional em junho para disputar a eleição como candidato a vereador e diz que a prefeitura reduziu sua remuneração, cortando benefícios

Da Redação | Tribuna Liberal

O sindicalista Rodrigo Antônio Macelari, entrou com uma ação judicial contra o prefeito Du Cazellato (PL). No processo, Macelari acusa o prefeito de abuso de autoridade por supostas irregularidades cometidas durante afastamento eleitoral. Macelari é servidor público, guarda civil municipal e foi candidato a vereador pelo PT.

De acordo com o processo, Macelari solicitou o afastamento funcional em junho de 2024, conforme prevê a legislação para candidatos em período eleitoral. No entanto, a Prefeitura de Paulínia teria reduzido sua remuneração, cortando benefícios como auxílio-refeição, auxílio-transporte, adicional noturno e adicional de risco — valores assegurados por legislações municipais que, segundo Macelari, deveriam ser mantidos mesmo durante seu afastamento para concorrer às eleições.

A ação foi registrada na Vara da Fazenda Pública Municipal de Paulínia e o sindicalista alega que os cortes de sua remuneração foram indevidos e prejudicaram seu direito de disputar o pleito de 2024. Segundo o documento, o afastamento foi autorizado, mas a administração municipal deixou de pagar os auxílios e adicionais, reduzindo seus ganhos em cerca de R$ 5 mil.

Macelari argumenta na ação que a decisão da prefeitura fere leis municipais que garantem o pagamento integral da remuneração aos servidores que se afastam de seus cargos para concorrer a cargos eletivos. A ação ressalta o direito ao recebimento de benefícios como auxílio-refeição e adicional de risco, previstos em lei.

A defesa do sindicalista pede que a Justiça conceda uma liminar para obrigar a prefeitura a restabelecer o pagamento integral dos valores até o fim das eleições, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

O ponto central da ação é a acusação de abuso de autoridade por parte do prefeito Du Cazellato. Segundo Macelari, o corte de benefícios durante seu afastamento configura uma tentativa de prejudicar sua campanha eleitoral. O sindicalista afirma que a administração municipal teria agido de maneira arbitrária, utilizando seu poder para interferir indevidamente no processo eleitoral, o que pode ser considerado desvio de finalidade.

Além disso, a ação aponta que o recurso extraordinário do STF (Supremo Tribunal Federal) estabelece que servidores com regime celetista, como Macelari, devem ser julgados pela Justiça comum quando discutem questões de natureza administrativa contra o poder público, reforçando o caráter de ilegalidade do ato da prefeitura.

A Prefeitura de Paulínia não se manifesta sobre o caso.

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