Política
Presidente da Câmara vai engavetar projeto que aumenta vereadores em Hortolândia

Edivaldo Sousa vai arquivar projeto de aumento de vereadores em Hortolândia

Presidente do Legislativo aponta que medida evitará gastos de R$ 4 milhões com subsídios a parlamentares e assessores durante a próxima legislatura, a partir de 2025

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O presidente da Câmara de Hortolândia, Edivaldo Sousa Araújo (PSD), informou que vai arquivar o Projeto de Emenda à Lei Orgânica que prevê o aumento do número de vereadores de 19 para 21 em Hortolândia. A medida, que teria um impacto financeiro aos cofres públicos, foi confirmada para evitar gastos estimados em cerca de R$ 4 milhões ao longo da próxima legislatura. Ocorre que o projeto envolvia a adição de duas cadeiras ao Legislativo, acompanhadas de mais dois chefes de gabinete e quatro assessores parlamentares para os dois novos vereadores.

“Fizemos a projeção considerando que o valor atual mais a revisão inflacionária de 2024, o aumento de duas cadeiras do Legislativo (com mais dois chefes de gabinete e quatro assessores parlamentares), impactaria da seguinte forma. Em 2025, custo de R$ 1.066.992,25; em 2026, custo de R$ 1.131.011,79; e em 2027, custo de R$ 1.198.872,49. Com o aumento de mais duas cadeiras no Legislativo impactaria mais de R$ 4 milhões nos quatro anos, de 2025 a 2028, sem considerar outras despesas como veículos, combustíveis, e dispensas do gabinete”, detalhou Edivaldo.

Diante dos cálculos, o presidente da Câmara afirmou ter sido contra pautar o projeto de aumento de vereadores e vai arquivar a proposta. “Pensando nessa economia, como presidente sou contra pautar esse projeto que aumenta o número de vereadores. Portanto, o projeto será arquivado”, afirmou Edivaldo ao Tribuna Liberal na tarde desta terça-feira (03).

A decisão de Edivaldo foi respaldada por um estudo de impacto financeiro solicitado pela Comissão de Finanças. Edivaldo explicou que mesmo a Câmara tendo orçamento para o aumento de cadeiras, os custos adicionais inviabilizam o projeto dentro da atual política de economia dos recursos públicos adotada na Casa.

ECONOMIA

“Apesar do parecer favorável emitido pela comissão, mantenho a posição de priorizar a responsabilidade fiscal e o uso eficiente dos recursos públicos. O arquivamento do projeto representa não apenas uma economia significativa para a cidade, mas também um compromisso com a transparência e a gestão responsável dos recursos municipais”, disse.

A proposta foi apresentada pelo vereador Enoque Leal Moura (MDB) e fala em adequar o Legislativo “à realidade do crescimento populacional do município”.

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