Compra de quatro veículos pela Câmara de Monte Mor causa polêmica na sessão
Vereador Paranhos questionou aquisição e falta de transparência; presidente citou lisura no processoA compra de quatro
veículos pela Câmara de
Monte Mor causou polêmica e debate durante a
sessão entre o vereador
Adilson Paranhos (MDB)
e o presidente do Legislativo, Alexandre Pinheiro (PTB).
A recente licitação para
a compra de quatro veículos para a Câmara foi feita
com total lisura e transparência e atende a um
planejamento estratégico da Presidência da Casa,
que foi elaborado e vem
sendo colocado em prática desde o ano passado.
É o que esclareceu o presidente do Poder Legislativo, vereador Alexandre
Pinheiro (PTB), em discurso na sessão ordinária
desta segunda-feira (11).
O vereador Paranhos
(MDB) comentou os recentes questionamentos de
internautas sobre o processo de aquisição de veículos, pela Câmara. A licitação originou a assinatura de contrato, totalizando R$ 440 mil, para fornecimento de quatro carros da Toyota (um modelo Corolla 2.0, e três Yaris
Sedan 1.5).
“Na minha opinião, o
que faltou para o presidente (da Casa) foi transparência e publicidade
para a população. Seguido também (da importância) de demonstrar a necessidade (da compra) e
qual o modelo mais econômico para os cofres públicos, seja o de veículos
alugados, que é até hoje,
ou através da aquisição”,
disse o parlamentar, em
pronunciamento.
Paranhos relatou que
pretende fiscalizar a aquisição - já que, em seu ponto de vista, “não há mais
espaço (na administração pública) para falta de
transparência, amadorismo e falta de acompanhamento”. Para o parlamentar, se a Presidência da
Câmara tivesse tratado
o assunto com transparência e publicidade, não
haveria esse “desgaste” e
a “politização que é feita
nesse tema”.
Na oportunidade, o presidente da Câmara afirmou que os cerca de R$
8 milhões repassados anualmente à Câmara
precisam ser investidos
na instituição, já que o
próprio Tribunal de Contas do Estado defende que
haja planejamento por
parte dos órgãos.
“Nós sabemos as dificuldades com buracos,
asfalto, medicamentos,
médicos, educação, e ‘n’
problemas que toda cidade enfrenta. Mas o dinheiro que vem para a Câmara
é exclusivo para uso dentro do Poder Legislativo.
Se nós não gastarmos esse dinheiro, não usarmos
esse dinheiro dentro do
Poder Legislativo, quem
responde por uma improbidade administrativa e
falta de planejamento sou
eu”, afirmou Alexandre,
no pronunciamento.
“Então, nós estamos
melhorando e equipando
os vereadores, para que
possam fazer melhor a
sua fiscalização”, completou o parlamentar, no Plenário, justificando os gastos com os novos veículos.
O presidente salientou
que a licitação está dentro da lei. “Tudo que nós
fizemos foi com lisura.
Está tudo (divulgado) no
Portal da Transparência
da Câmara, e também no
Diário Oficial (do município), Diário Oficial do Estado, impresso”, afirmou.
O presidente ressaltou
que, apenas em 2021, a Casa havia gasto cerca de
R$100 mil com aluguéis
de veículos - valor que,
nos quatro anos da legislatura passada, chegou a
R$715 mil. Ele também
explicou que os modelos
adquiridos se devem às
regras. “Foi uma licitação, e qualquer empresa
poderia participar”, disse,
salientando que apenas
duas concessionárias, da
Toyota, compareceram.
Alexandre ainda destacou que, em 2020, antes de
assumir a Presidência, o
percentual do ativo imobilizado era de apenas
0,45% do patrimônio, e os
bens se encontravam velhos, depreciados. “Então,
não era investido em patrimônio, aqui, o dinheiro
que vinha para essa Casa”, relatou.
Exibindo gráficos - que
constam de “dossiê” entregue aos vereadores,
sobre o assunto - o parlamentar salientou que,
em 2021, foram investidos
20,35% do duodécimo na
aquisição de bens patrimoniais, a partir do planejamento da sua administração, o que incluiu
a substituição de “toda
a praça de informática”.
“Gestão, é o que estamos
fazendo”, disse.
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