Com patrimônio milionário, Tuta Bosco recebe R$ 550 mil do fundão eleitoral
Tuta é o primeiro entre os nove candidatos a prefeito de
Paulínia a registrar o recebimento do Fundo Eleitoral, que pode ser utilizado
em publicidade, marketing eleitoral e atividades de campanha; candidato declarou
patrimônio de R$ 5,6 milhões
Da Redação | Tribuna Liberal
O candidato a prefeito de Paulínia, Tuta Bosco
(Solidariedade) é o primeiro concorrente ao Executivo municipal a registrar
oficialmente o recebimento de recursos do fundo eleitoral na campanha de 2024.
O valor de R$ 550 mil foi repassado diretamente pela direção estadual do
partido. Os dados são da Justiça Eleitoral.
Segundo a Justiça Eleitoral, Tuta Bosco declarou um
patrimônio de R$ 5,6 milhões. A situação chama a atenção, pois evidencia o
papel do fundo eleitoral na campanha de um candidato que já possui uma base
financeira sólida. O FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha),
conhecido como ‘fundão eleitoral’, foi criado com o intuito de financiar
candidaturas eleitorais e proporcionar maior igualdade nas disputas, mas sua
utilização por candidatos com patrimônio elevado gera discussões sobre a
necessidade e a distribuição desses recursos públicos.
CONCORRENTES
Tuta Bosco concorre à Prefeitura de Paulínia com a proposta
de ‘Um novo olhar para Paulínia’, em uma eleição que conta com mais oito
candidatos. Entre os concorrentes estão nomes como Jurandir José Bonomi, do
partido Novo; Danilo Barros, do grupo ‘Du Cazellato e Você’; Dirceu Dalben,
pelo ‘Paulínia na Força da Fé com o Time do Bem’; Dr. Lafaiete do PT, Dr. Marquinhos
(PMB), Edson Moura, Priscilla Bittar e Robert Paiva, representando diferentes
segmentos e partidos políticos.
Ao todo, nove candidatos participam desta eleição, e Tuta Bosco é o primeiro a receber o apoio financeiro do ‘fundão’. O aporte de R$ 550 mil permite um investimento em setores como publicidade, marketing eleitoral e atividades de campanha. Recentemente, a campanha de Tuta Bosco foi atingida com a polêmica de um de seus aliados políticos. O ex-prefeito José Pavan Junior (Mobiliza) foi condenado pela Justiça Federal por gestão fraudulenta e rombo milionário aos cofres do Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos do Município de Paulínia, o Pauliprev. A condenação é de quatro anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto.
Segundo sentença da juíza federal de Campinas, Valdirene
Ribeiro de Souza Falcão, da 9ª Vara Federal, a condenação ocorre depois do MPF
(Ministério Público Federal) apontar que Pavan gerou dano ao Instituto de
Previdência. O MPF acusou Pavan e mais duas pessoas de causarem prejuízo aos
cofres do instituto dos servidores por conta dos riscos de aplicação em fundos
financeiros de uma empresa nova. A Justiça quer a devolução de R$35,4 milhões
aos cofres do instituto municipal. José Pavan Junior indicou sua esposa, Lucila
Pavan, para ser vice na chapa de Tuta.
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