Com chances de segundo turno, pré-candidatos dizem o que esperam das campanhas em Sumaré

• 18/06/2023

Município se aproxima dos 200 mil eleitores e poderá viver ‘novo ingrediente’ político nas eleições para prefeito do ano que vem

Paulo Medina  | Tribuna Liberal

Prestes a bater a marca dos 200 mil eleitores, Sumaré é a única cidade da microrregião com chances reais de contar com um segundo turno nas eleições majoritárias de 2024. Na iminência de um contexto eleitoral novo para o município, pré-candidatos a prefeito de Sumaré opinaram como as campanhas deverão se comportar nesse cenário e disseram ao Tribuna Liberal o que esperam do pleito do ano que vem com a possibilidade do “novo ingrediente” político que caminha para ser uma realidade, uma vez que a cidade já soma pouco mais de 199,4 mil eleitores e o atual prefeito Luiz Dalben (Cidadania), vencedor da eleição de 2020 com 60,68% dos votos, não poderá ser reeleito – outro critério para a realização do segundo turno é que nenhum candidato supere os 50% dos votos válidos.

Os nomes que se colocam como pré-candidatos à Prefeitura de Sumaré até o momento são o vice-prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos), vereador Silvio Coltro (PL), vereador Willian Souza (PT), o secretário de Saúde, Rafael Virginelli, o ex-vereador Décio Marmirolli (PSD), ex-vereador, Welington da Farmácia (PSC), o presidente do Podemos, Guilherme Dall’Orto, e o advogado e ex-secretário de Segurança de Sumaré, Roberto Guimarães.

Henrique do Paraíso acredita em uma campanha polarizada em um segundo turno. “Campanhas com segundo turno têm características semelhantes em diversos municípios espalhados pelo Brasil. Caso haja segundo turno na cidade de Sumaré, creio que não será diferente das demais cidades do país, com campanhas polarizadas entre candidatos de ideologias opostas. Vale ressaltar que na última eleição (2020) na cidade de Sumaré, a chapa Luiz Dalben e Henrique do Paraíso atingiu mais de 60% dos votos válidos, um indicativo que os cidadãos aprovaram os trabalhos realizados, sendo assim, com mais de 50% + um voto, o segundo turno passa a não ser necessário”, disse.

Para Silvio Coltro, em 2024, Sumaré terá uma eleição “diferente”. Ele acredita na concretização do segundo turno. “Com certeza teremos 2 turnos. Novas lideranças políticas irão surgir, pois devido à reeleição do atual prefeito, novos nomes ficarão à disposição da população. Estarei me colocando à disposição como pré-candidato a prefeito. Tenho certeza que novas lideranças serão consideradas pela população e um segundo turno pode ajudar na junção de lideranças com a mesma vontade de fazer mais por Sumaré e conduzir essa cidade que tanto amo e está enraizada em minha vida e família”, disse.

Willian Souza falou em “novos desafios” com um segundo turno. “A cidade se aproxima dos 200 mil eleitores e vive a expectativa de haver um inédito segundo turno nas eleições do próximo ano, o que certamente traz características e desafios novos para o pleito. O PT de Sumaré tem uma posição interna consolidada sobre lançar meu nome para concorrer a prefeito, decisão que muito me honra e da qual sou bastante agradecido. Depois de dois mandatos e da experiência de ser presidente da Câmara por quatro anos, me sinto preparado para representar não só a sigla, mas um conjunto de partidos e eventuais aliados que veem em mim uma candidatura competitiva. De todo modo, considero prematuro antecipar discussões que terão seu momento oportuno para serem debatidas. O PT de Sumaré está comprometido com o governo do prefeito Luiz Dalben, do qual tenho a responsabilidade de ser o líder na Câmara, e certamente se fará presente nas discussões que vão determinar os caminhos para o futuro da cidade”, disse.

Para o presidente municipal do Podemos e pré-candidato da sigla a prefeito, Guilherme Dall’Orto, a disputa em dois turnos deve influenciar os partidos na formação de alianças e os candidatos na condução das campanhas. Ele também avalia como positiva a possibilidade de mais tempo para apresentação de propostas. “Sumaré está há mais de 20 anos sob o comando do mesmo grupo político. Acredito que os partidos vão avaliar melhor o cenário eleitoral antes de decidir por uma composição, já que a disputa não acaba no primeiro domingo de outubro. A campanha também será diferente, já que pelo menos os dois candidatos que chegarem ao segundo turno terão mais tempo para apresentar o seu plano de governo. Acho que 45 dias é muito pouco para percorrer uma cidade tão grande quanto Sumaré”, analisa.

Décio Marmirolli comentou o pleito como “nova experiência”. “A eleição em dois turnos será uma experiência nova na cidade de Sumaré tanto para os eleitores quanto para os candidatos e partidos. De minha parte fico feliz em constatar que Sumaré passará a fazer parte do grupo das maiores cidades do país com eleições em dois turnos. Entendo que a princípio parece um processo mais trabalhoso, mas por outro lado vai exigir muito mais dos eleitores, candidatos e partidos e no final acredito que os eleitores terão oportunidade de escolher o melhor candidato”, avaliou.

O pré-candidato Welington da Farmácia ressaltou o crescimento da cidade como um fator positivo. Sob o ponto de vista eleitoral, considerou a possibilidade de um segundo turno como positiva para o embate democrático entre os candidatos. “É importante ressaltar que Sumaré está crescendo de forma sustentável por conta da excelente administração feita nos últimos anos. A cidade chega ao estágio de uma eleição em dois turnos, que é uma possibilidade de ampliar o debate em torno dos seus desafios. A população ganha mais uma chance de ouvir de quem quer administrar a cidade como manter o que está dando certo e avançar ainda mais”, aponta Welington.

Rafael Virginelli disse que independente do segundo turno será uma “campanha normal” e se colocou como “soldado”. “Para nós é indiferente em relação a primeiro e segundo turno, o principal foco é levar de fato o melhor para a população do município de Sumaré”, disse Virginelli. “Faço parte de um grupo, cujo líder maior é o deputado Dirceu Dalben e o prefeito Luiz Dalben, e sou um soldado do grupo, o que o grupo definir está definido e a gente vai seguir. Estou à disposição, mas sou um soldado do grupo em relação à candidatura majoritária aqui no município”, completou.

Roberto Guimarães acredita em “maior dinamismo com o segundo turno”. “Na hipótese de segundo turno, a campanha fica mais dinâmica e equilibrada. Possibilita a renovação do grupo político, que há anos domina a política.O segundo turno possibilita maior difusão e conhecimento das propostas dos candidatos, sobretudo numa cidade geograficamente espalhada como é Sumaré”, disse.