Política
Nomeação de Serra ocorre durante transição de governo entre Brischi e Murilo Rinaldo

Brischi nomeia chefe de gabinete interino para ficar duas semanas no cargo antes de governo acabar

Prefeito de Monte Mor nomeou Adriano Vieira Serra como secretário municipal de Chefia de Gabinete após exonerar Ricardo Bizetto; Serra também é secretário de Segurança da atual gestão

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PSD), nomeou interinamente Adriano Vieira Serra como secretário municipal de Chefia de Gabinete para ficar cerca de duas semanas no cargo. Segundo consta no site da Prefeitura, Adriano Vieira Serra ainda ocupa a função de secretário de Segurança.

A nomeação acontece faltando menos de 20 dias antes do término do mandato de Brischi, que exonerou no início do mês e Ricardo Bizetto, que era ‘seu fiel escudeiro político’, e chefiava o gabinete do prefeito desde o início do mandato. No decreto publicado, consta que a nomeação interina de Adriano Vieira Serra retroage a 3 de dezembro de 2024, indicando que o novo chefe de gabinete já está em exercício há mais de uma semana.

A medida pode ser vista como uma tentativa de reorganizar a equipe em um momento de transição de governo. Recentemente, o prefeito eleito Murilo Rinaldo (PP), que assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2025, afirmou sua preocupação com questões financeiras e estruturais do município durante o processo de transição de governo. Entre os principais desafios apontados estão as dívidas previdenciárias acumuladas, pendências com fornecedores e a necessidade de manutenção urgente da frota de veículos e máquinas. Outro problema identificado pela equipe do prefeito eleito é a situação do transporte escolar.

O novo chefe de gabinete terá pouco tempo para mostrar resultados, mas carregará a responsabilidade de representar um governo que termina seu ciclo sob pressão financeira e política. No início de dezembro, Brischi oficializou a exoneração de sete cargos comissionados, incluindo Ricardo José Bizetto, até então secretário municipal de Chefia de Gabinete, e aliado próximo. Conhecido como ‘braço direito’ do prefeito, ele desempenhou papel estratégico em articulações políticas da gestão.

O atual mandatário, antes da transição de governo, também decretou o contingenciamento de despesas. O decreto estabeleceu um corte de até 15% nos saldos orçamentários com recursos próprios. O ato justificou a necessidade de contenção de despesas pela queda na arrecadação municipal, atribuída à redução dos repasses dos governos estadual e federal.

O plano de contingenciamento inclui diretrizes para a redução de custos, como a revisão de contratos, a suspensão de locações de novos imóveis e a vedação de novos contratos de estágio. Novos projetos que acarretam aumento de despesas estão suspensos. Brischi decretou medidas como racionalização do consumo de água, energia elétrica, telefonia (fixa e móvel) e correios.

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