Política
Prefeito de Monte Mor segue exonerando funcionários por ele mesmo nomeados para o governo

Brischi inicia novembro com mais exonerações de comissionados em Monte Mor

Prefeito derrotado nas eleições deste ano demitiu mais quatro servidores comissionados da administração municipal; portaria entrou em vigor no dia 1º de novembro e volume de exonerações pode impactar transição

Da Redação | Tribuna Liberal

O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PSD), iniciou o mês de novembro com a exoneração de mais comissionados da administração municipal. Em uma portaria publicada na sexta-feira (1º), Brischi formalizou a dispensa de mais quatro servidores que ocupavam cargos de confiança na prefeitura.

Os nomes que figuram na nova portaria de exoneração são Priscila Mendes Teixeira, que ocupava o cargo de diretora de Planejamento Orçamentário e Convênios; Bruno José Pinto Ferreira, diretor de Desenvolvimento Industrial; Francisco Tomaz de Aquino, chefe de Assuntos Metropolitanos; e Antonio Perandre Neto, assessor I.

As exonerações ocorrem após Brischi perder a disputa pela reeleição para Murilo Rinaldo (PP), que assumirá o cargo em janeiro de 2025. Em outubro, Brischi já havia realizado uma série de exonerações na prefeitura. O prefeito demitiu 40 servidores que ocupavam cargos comissionados logo nas primeiras horas após a derrota no pleito eleitoral.

As recentes exonerações na Prefeitura de Monte Mor podem impactar a continuidade de projetos em andamento e a transição para a equipe do prefeito eleito Murilo Rinaldo (PP), que tende a se tornar mais complexa, já que a ausência de responsáveis por áreas específicas cria lacunas no processo de repasse de informações e pode comprometer o levantamento detalhado das ações da administração atual. Em setores como planejamento urbano, economia e relações intermunicipais, uma mudança abrupta de lideranças tende a gerar insegurança quanto à sequência de políticas públicas já aplicadas.

Após a primeira leva de exonerações, o atual prefeito decretou o contingenciamento de despesas na Prefeitura. O decreto estabeleceu um corte de até 15% nos saldos orçamentários com recursos próprios. O ato justificou a necessidade de contenção de despesas pela queda na arrecadação municipal, atribuída à redução dos repasses dos governos estadual e federal. O contingenciamento impôs desde então uma limitação de 15% nas dotações orçamentárias. A liberação dos valores contingenciados está agora condicionada ao desempenho da arrecadação.

O plano de contingenciamento inclui diretrizes para a redução de custos, como a revisão de contratos, a suspensão de locações de novos imóveis e a vedação de novos contratos de estágio. Novos projetos que acarretam aumento de despesas estão suspensos. Brischi decretou medidas como racionalização do consumo de água, energia elétrica, telefonia (fixa e móvel) e correios.

 

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