Após reduzir crédito suplementar ao próximo governo, Câmara de Sumaré autoriza R$ 450 mil a Luiz Dalben
Vereadores de Sumaré aprovaram na sessão desta terça-feira pedido de alteração orçamentária em regime de urgência a pedido do atual chefe do Executivo; aprovação acontece em cenário de restrição fiscal que pode afetar próxima gestão
Da Redação | Tribuna Liberal
A Câmara Municipal de Sumaré aprovou, na sessão desta
terça-feira (26), em regime de urgência, um projeto de lei que autoriza o
prefeito Luiz Dalben (PSD) a abrir um crédito adicional no orçamento no valor
de R$ 450 mil. A medida visa garantir a continuidade de ações essenciais nas
áreas de saúde e assistência social no município. A aprovação ocorre em um
contexto político que se caracteriza pela recente redução do percentual de
créditos suplementares ao próximo governo.
O crédito adicional aprovado será utilizado em duas áreas
principais: a manutenção de serviços públicos de saúde e a promoção de
políticas voltadas à inclusão social e mobilidade para pessoas com deficiência.
Do montante aprovado, R$ 300 mil serão destinados à Secretaria Municipal de
Saúde, especificamente para cobrir despesas com serviços de terceiros e ações
de custeio da saúde. Já os R$ 150 mil restantes serão alocados para garantir o
funcionamento das unidades de saúde do município, incluindo o pagamento de
despesas operacionais.
O valor total da suplementação, de R$ 450 mil será coberto
com recursos provenientes de remanejamento de outras áreas, com reservas de arrecadação.
A aprovação do crédito acontece durante um cenário de restrição fiscal que
promete afetar a gestão pública no município. A Câmara Municipal, em uma
decisão recente, já havia aprovado uma redução significativa do crédito
suplementar disponível para o próximo governo, numa tentativa de controlar as
despesas desde o início da nova administração.
Com a aprovação deste crédito, a administração do prefeito
Luiz Dalben garante a continuidade de serviços essenciais para a população. A
destinação de recursos à Secretaria Municipal de Saúde, por exemplo, é vista
como uma medida urgente, especialmente considerando o contexto pós-pandemia e a
necessidade de assegurar a plena funcionalidade das unidades de saúde.
No último dia 12, a Casa de Leis aprovou projeto que reduziu
o limite de abertura de créditos suplementares no orçamento municipal de 20%
para 5%. A mudança foi impulsionada por vereadores aliados ao ex-candidato a
prefeito Willian Souza (PT) e ao atual prefeito Luiz Dalben. A medida traz
impacto sobre a gestão financeira do prefeito eleito Henrique do Paraíso
(Republicanos), que assumirá a administração em janeiro. Henrique chegou a
criticar a proposta.
O projeto impôs limites mais rígidos à abertura de créditos
adicionais suplementares, um tipo de reforço financeiro que o Executivo pode
utilizar para gastos além dos previstos no orçamento já aprovado. A proposta é
vista como uma limitação à flexibilidade financeira na futura gestão. Henrique
do Paraíso, que venceu as eleições para prefeito, terá que lidar com um
orçamento ajustado e com menos margem para manobras financeiras não previstas.
A proposta gerou polêmica na cidade.
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