Política
Exoneração em massa realizada pela gestão Brischi gera impacto administrativo na cidade

Após perder reeleição, Brischi exonera 40 servidores comissionados em Monte Mor

Longa lista de dispensa na Prefeitura de Monte Mor é vista como uma reação do Chefe do Executivo a um possível baixo desempenho de comissionados durante a campanha eleitoral

Da Redação | Tribuna Liberal

Após ser derrotado nas eleições municipais de 2024, o atual prefeito de Monte Mor, Edivaldo Antônio Brischi (PSD), iniciou uma série de exonerações na prefeitura. Em um movimento que parece marcar o início de uma transição abrupta e sem grandes concessões, Brischi demitiu nesta semana 40 servidores que ocupavam cargos comissionados. Entre os nomes incluídos na portaria de exoneração estão figuras de destaque da administração, como chefes de departamentos e assessores diretos.

Entre os exonerados estão Janderleia de Oliveira, que ocupava o cargo de chefe de Tributação e Fiscalização; Nerivaldo Aparecido de Moura, responsável pela chefia da Vigilância Entomológica e Controle de Vetores; e Vanessa Guedes Sobrinho, chefe de Turismo. Outros servidores, como Andreive Santiago, assessor IV, e Regina Bandeira Pinheiro, Eduardo Gomes da Silva, e Rodrigo Seloni Luciano, todos assessores III, também foram dispensados.

A decisão de Brischi, publicada pouco após o resultado eleitoral, pegou muitos de surpresa, já que ainda há alguns meses até a posse do novo prefeito, Murilo Rinaldo (PP), que venceu o pleito com 46,39% dos votos válidos, totalizando 14.970 votos.

A derrota de Brischi, que alcançou apenas 28,07% dos votos válidos, representados por 9.057 eleitores, já sinalizava uma transição conturbada, dado o afastamento progressivo de seus aliados. O resultado das eleições é um sinal de mudança no panorama político da cidade. A exoneração em massa de comissionados em Monte Mor, ainda que uma prerrogativa do prefeito, gera impacto administrativo na cidade.

Com a saída de funcionários de confiança de diversas áreas estratégicas, como turismo, fiscalização, vigilância sanitária e até setores de assessoria, a cidade entra em um período de transição que pode ser marcado por descontinuidade nos serviços públicos. Especialistas apontam que a decisão de exonerar tantos comissionados pode ser uma tentativa de enfraquecer o início da nova administração, ao desarticular a máquina pública, e uma reação a um possível baixo desempenho de comissionados durante a campanha eleitoral.

A eleição de 2024 em Monte Mor foi marcada por uma abstenção relativamente alta, com 23,14% dos eleitores aptos deixando de votar. Ao todo, 35.880 eleitores participaram da eleição, com 1.659 votos brancos e 1.950 votos nulos. Enquanto a cidade se prepara para o início de um novo ciclo político, os últimos meses da gestão Brischi dão o tom de tensão e incertezas.

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