Após fortes chuvas em Monte Mor, prefeito Edivaldo Brischi decreta situação de emergência por 180 dias
Medida autoriza a mobilização de órgãos municipais, além da convocação de voluntários e campanhas de arrecadação para auxiliar os moradores afetados pela cheia do rio Capivari Mirim; prefeito dispensa licitações e pede ajuda estadual
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Como um dos últimos atos de seu governo, o prefeito Edivaldo
Brischi (PSD) declarou situação de emergência por 180 dias em Monte Mor após os
temporais que atingiram a cidade desde a semana passada e provocaram graves
enchentes.
Através de decreto, publicado no Diário Oficial do
Município, o prefeito autorizou medidas emergenciais para enfrentar os impactos
do caos que deixou bairros alagados e causou danos significativos ao patrimônio
público e privado.
Segundo a prefeitura, o volume acumulado de 178 milímetros
de chuva em 48 horas agravou a situação, principalmente devido às precipitações
nas cabeceiras do rio Capivari Mirim, em Campinas. O transbordamento do rio
elevou o nível das águas em 5,50 metros, inundando ruas, casas e áreas
comerciais.
Os bairros mais afetados foram Jardim Capuavinha, Jardim
Santa Cândida, Jardim Progresso, Bom Jesus, Farid Calil, Água Choquinha, Jardim
Planalto, e o Centro da cidade, com destaque para ruas como Siqueira Campos,
Quinze de Novembro e a avenida Beira Rio. A praça Nicolau Árabe, conhecida como
praça dos Pernilongos, também foi severamente atingida.
O decreto editado pela prefeitura autoriza a mobilização de
todos os órgãos municipais sob coordenação da Defesa Civil, além da convocação
de voluntários e realização de campanhas de arrecadação para auxiliar as
famílias afetadas.
Agora, agentes podem adentrar em residências para evacuação
e salvamento em casos de risco iminente. Em situações de perigo público, as
autoridades podem utilizar imóveis ou bens privados, com posterior indenização.
A desapropriação de áreas de utilidade pública é uma medida autorizada para a
execução de obras emergenciais.
Com base na legislação federal, foi autorizada a dispensa de
licitação para obras e serviços emergenciais que possam ser concluídos em até
um ano, a fim de dar celeridade na resposta às cheias. As enchentes trouxeram
prejuízos econômicos, sociais e ambientais, além de afetarem a vida dos
moradores das áreas atingidas. A Defesa Civil segue monitorando a situação e
orientando a população.
O prefeito destacou a necessidade de auxílio estadual e
federal para restabelecer a normalidade e reforçar a infraestrutura do município.
Brischi deixa o governo nesta semana e finaliza o mandato sem resolver o
problema das enchentes. O prefeito eleito Murilo Rinaldo (PP) assume neste dia
1° de janeiro com a urgência de adotar ações e políticas preventivas para
minimizar os impactos de futuros eventos climáticos extremos.
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