Política
Ana Perugini: “É de fundamental importância que a Sabesp explique porque fornece água nessas condições”

Ana Perugini questiona Sabesp sobre alteração na água em Hortolândia

Segundo a deputada, cor amarela e mau cheiro começaram na segunda-feira, afetando moradores de vários bairros da cidade; vídeos publicados comprovaram a anormalidade

Da Redação | Tribuna Liberal

A deputada estadual Ana Perugini (PT) protocolou nesta semana requerimento na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) pedindo explicações à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) sobre o fornecimento de água de cor ‘amarelada e com mau cheiro’ em Hortolândia. Segundo a parlamentar, o caso foi registrado por moradores de vários bairros, como Jardim Amanda, Vila Real, Jardim do Lago, Campos Verdes e Remanso Campineiro - este último na região central da cidade.

Na segunda (7) e terça-feira (8), moradores registraram, em vídeos publicados nas redes sociais, água amarelada saindo das torneiras. Segundo os relatos, além da cor escura, a água também apresentava um odor ruim. De acordo com o gabinete da deputada, em nota, a Sabesp justificou que “problemas pontuais causaram os episódios relatados”, mas que a água era própria para uso domiciliar e não oferecia riscos à saúde.

Perugini classificou a justificativa da Sabesp ‘pouco detalhada’ e pediu explicações ao governo estadual. “A Sabesp diz que foi um problema pontual, sem explicar a dimensão, o que é esse problema e o que ocasionou a distribuição de uma água nessas condições para a população de Hortolândia”, afirma a deputada.

O pedido de informações foi destinado à Secretaria de Governo e Relações Institucionais, para encaminhamento à pasta responsável pela SP Águas, agência a quem compete a fiscalização do abastecimento no Estado. A agência substituiu o antigo DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica). Recentemente, a Sabesp teve sua privatização aprovada pelo parlamento estadual, o que a tornou uma empresa com capital privado. Quinze por cento das ações são de responsabilidade da empresa Equatorial, enquanto outros 17% são alienados ao mercado na Bolsa de Valores.

“O abastecimento de água nas condições registradas afeta a todos, mas principalmente os mais pobres e que não têm condição de comprar água mineral para consumo em suas casas. É de fundamental importância que a Sabesp, uma empresa cuja privatização prometeu mundos e fundos, explique porque fornece água nessas condições para a população”, complementa a deputada.

A Sabesp também foi procurada pela reportagem para comentar as queixas dos moradores, mas até o fechamento desta edição, não houve retorno.

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