Acusado por ataque contra coordenador de campanha de Willian Souza afirma ter recebido dinheiro pela ação
Caso aconteceu no início do mês de outubro; Roberto Vensel
chegava ao escritório político do candidato a prefeito quando foi abordado por
uma dupla em uma moto
Da Redação | Tribuna Liberal
Um dos acusados de cometer o ataque contra o coordenador da
campanha do candidato a prefeito de Sumaré, Willian Souza (PT), afirmou ter
recebido dinheiro pela ação praticada contra Roberto Vensel no último dia 3,
três dias antes da eleição municipal do primeiro turno.
De acordo com a organização da campanha do petista, a
afirmação consta no mandado de prisão expedido pela Justiça de Sumaré. No
documento que a campanha de Willian teve acesso, o juiz Leonardo Delfino
determinou a prisão preventiva dos suspeitos e argumentou que a medida visa a
“garantia da ordem pública, diante da gravidade da conduta praticada, a qual
está evidenciada pelo fato de os agentes, supostamente, conforme alegado pelo
indiciado M.G.L.S, de 23 anos, aos policiais, terem recebido dinheiro para praticar
este crime”.
De acordo com Vensel, a confirmação de recebimento de
dinheiro para cometer o crime comprova que o atentado teve “exclusiva motivação
política”. “Desde o início nós sustentamos a tese de que se trata de crime
político contra a campanha do Willian. Os fatos ocorreram faltando três dias
para o primeiro turno das eleições, claramente para abalar os rumos da linda
campanha que temos feito pela cidade. Nos resta saber agora quem está por trás
desse atentado que há duas semanas poderia ter tirado a minha vida. Seguimos
confiantes no trabalho da Justiça para esclarecer os fatos”, avalia Vensel.
Willian Souza concorda com o coordenador de campanha.
Segundo ele, mesmo as informações preliminares já descartavam a hipótese de
assalto. “Não vieram ao nosso escritório para assaltar. O objetivo sempre foi
atentar contra a vida do nosso coordenador para desestabilizar nossa campanha e
elevar a tensão na reta final do processo eleitoral. Não é esse o tipo de
política que defendemos e fazemos nas ruas. Nosso trabalho se concentra no
diálogo com todos os setores da sociedade e no projeto de cidade que
apresentamos para Sumaré. Repudiamos toda a forma de violência e não vamos nos
deixar intimidar por atitudes como essa”, disse Willian.
O CASO
Roberto Vensel chegava ao escritório político de Willian
Souza na manhã do dia 3 de outubro quando foi abordado por dois homens numa
moto. O coordenador de campanha chegou a oferecer a mochila que carregava aos
criminosos, que ao recusarem a bolsa, realizaram um disparo contra ele.
O revólver calibre 22 falhou, evitando que Vensel fosse
atingido à queima-roupa. Um guarda municipal de Nova Odessa à paisana que
aguardava no local para reunião com Vensel, reagiu e baleou um dos criminosos,
que foi socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência) e levado para o Hospital Estadual de Sumaré. O segundo homem que
estava na garupa da moto, e que posteriormente afirmou ter recebido dinheiro
para cometer o crime, acabou detido.
“Estou vivo por um milagre de Deus, porque o criminoso
chegou com a arma na minha cabeça e puxou o gatilho. Não foi um assalto, foi
uma situação política, tanto que o criminoso que estava baleado no chão disse
que faria um acordo para revelar o mandante caso não fosse entregue à polícia.
É lamentável o que vem ocorrendo com a nossa campanha faltando tão poucos dias
para o primeiro turno”, disse Vensel na ocasião.
A.G.B., de 30 anos, e M.G.L.S, estão presos e seguem à
disposição da Justiça. As investigações estão sendo conduzidas pelo 1º Distrito
Policial de Sumaré.
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