Suspeito de roubo em transportadora de valores morre em confronto com policiais em Hortolândia
Homem de 62 anos era apontado como um dos líderes de quadrilha
que atuou em ataque que aterrorizou o município paranaense de Guarapuava, em
abril deste ano; confronto aconteceu no Jardim Novo Ângulo
Uma operação das polícias Civil, Militar e Científica do Paraná, na manhã desta terça-feira (20), em Hortolândia, contra uma quadrilha que tentou assaltar uma transportadora de valores em Guarapuava, na região central do Paraná, culminou na troca de tiros e morte de um homem de 62 anos, apontado como um dos líderes e responsável pela logística do ataque, que aconteceu em abril deste ano.
A ação da polícia também aconteceu no Jardim Novo Campos Elíseos, em Campinas, mas o alvo não foi localizado. A operação denominada Guarapuava contou com apoio da Rota (Rondas Ostesivas Tobias de Aguiar) e Polícia Civil de São Paulo.
Na casa de Antônio Gomes Silva, no Jardim Novo Ângulo, os policiais apreenderam R$ 5,2 mil em espécie, oito relógios, celulares, uma pistola ponto 380 e uma placa de carro, que estava enterrada no quintal do imóvel. A ação teve início antes das 6h e os policiais cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em dois endereços no mesmo bairro. Um dos imóveis seria da namorada do suspeito.
De acordo com o major do Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Específica (Rone), de Curitiba, João Roberto Galego Alves, o suspeito foi quem arquitetou o ataque, inclusive com a logística do crime, como veículos envolvidos, armamento, entre outros. Silva, conhecido no meio do crime como Véio ou Toninho, segundo o tenente da Rone, tem passagem criminal por vários crimes, em especial roubos a bancos, e inclusive há dois anos foi preso. Ele era procurado da Justiça.
Foram cumpridos 74 ordens judiciais em dez cidades do Paraná (Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara); sete no Estado de São Paulo (Campinas, Hortolândia, Piracicaba, Embu-Guaçu, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra) e um em Santa Catarina (Barra Velha).
Conforme as investigações, os alvos também são suspeitos por roubos registrados em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, além de Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no Estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.
As investigações começaram logo após o crime e apontam ainda que os criminosos compravam itens de luxo, viagens, bancavam procedimentos estéticos e ostentavam riqueza nas redes sociais, com o dinheiro levantado nos crimes. Os criminosos se organizavam para realizar o chamado “domínio do município”, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado, nos assaltos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os investigados possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro.
Os alvos respondem pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado. Esta ação mobilizou cerca de 500 policiais do Paraná, além de agentes das polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo.
Tentativa de assalto aterrorizou município de Guarapuava
O ataque a empresa de valores aconteceu entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano, no município de Guarapuava. Na época, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, não tiveram sucesso no crime, pois não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.
Durante a ação, os bandidos colocaram fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16º Batalhão da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação policial. Além disso, eles abandonaram sete carros.
Os criminosos estavam equipados com veículos blindados SUV e armamento pesado como fuzis calibres .762, .556 e, inclusive .50, que é um tipo de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas, utilizado em artilharia antiaérea. Além disso, possuíam mochilas de mantimentos, com kits de primeiros socorros e capacetes balísticos.
Antes da fuga, os criminosos entraram em confronto com policiais militares e dois foram baleados, sendo que o Sargento Ricieri Chagas morreu em combate. Um morador passou mal e foi hospitalizado.
Os envolvidos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.
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