Polícia
Roberto Jefferson da Silva, o Gordo, apresentou-se no Deic com advogado e alega inocência

Polícia Civil prende terceiro suspeito pelo sequestro e morte do milionário da Mega-Sena

 Roberto Jefferson da Silva, o Gordo, apresentou-se espontaneamente e alega inocência, embora apareça em imagens de vídeo com Rebeca, também presa na investigação; Marcos Vinicyus Sales de Oliveira segue foragido

Cézar Oliveira|Tribuna Liberal 

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (23) Roberto Jefferson da Silva, o Gordo, suspeito de envolvimento na morte de Jonas Lucas Alves Dias, 55, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020. É o terceiro investigado pelo crime preso - além dele, Rogério de Almeida Spínola e Samuel Messias Pereira Batista, transexual que usa o nome social Rebeca, foram presos no final de semana.

De acordo com a delegada Juliana Ricci, que está à frente das investigações pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Piracicaba, Gordo se apresentou espontaneamente, no início da noite desta sexta-feira (23), acompanhado de advogado. Ele alega inocência.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Gordo aparece em imagens do sistema de segurança do banco ao lado de Rebeca, no último dia 14, data em que Jonas Lucas foi morto. Foi para uma conta em nome dela que foram feitas as transferências de valores da conta de Jonas Lucas

A polícia ainda procura por Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, o último suspeito pela morte do milionário. Ele também aparece em imagens do banco, fazendo transações na conta da vítima, no dia em que ele foi sequestrado (13). Qualquer informação sobre o investigado pode ser fornecida pelo telefone (19) 3421-6169.

O CRIME

Jonas foi raptado depois de sair para caminhar na terça (13), sendo abandonado às margens do km 104 da Rodovia dos Bandeirantes, próximo da alça de acesso da SP-101. Ele foi socorrido e apresentava sinais de espancamento. Chegou a ser levado ao hospital, mas morreu. A causa da morte foi apontada como traumatismo cranioencefálico.

Antes de ser morto, Jonas Lucas teve cerca de R$ 20 mil retirados de sua conta por meio de transferências bancárias e via PIX. O cartão de débito da vítima também foi levado pelos criminosos. Ele ainda tentou, por ligações à sua gerente, fazer uma transferência de R$ 3 milhões para uma conta. A transação não foi autorizada. 

Segundo a investigação, tudo indica que o grupo tinha conhecimento da situação financeira de Jonas Lucas, mas ele não os conhecia. Antes mesmo das prisões, a Polícia Civil já havia afirmado que a morte foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena, pago em 2020.

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