Polícia
Polícia Civil cumpriu 35 mandados em toda região e prendeu 16 pessoas em flagrante sob acusação de tráfico

Megaoperação realizada em Sumaré e Hortolândia desmantela quadrilha

Além de tráfico e lavagem de dinheiro, criminosos são acusados de comercializar ‘maconha gourmet’, variedade que pode custar até R$ 30 mil o quilo; seis mandados foram cumpridos e cinco suspeitos foram presos nos dois municípios

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (12) uma megaoperação para combater crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e prisão temporária, nas cidades de Sumaré, Hortolândia, Campinas, Artur Nogueira e Itapira. Desses mandados, 16 pessoas foram presas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Seis mandados acabaram cumpridos e cinco suspeitos foram presos somente em Hortolândia e Sumaré.

A ação envolveu 230 policiais e 75 viaturas, incluindo 25 viaturas da Guarda Municipal. Quarenta e oito guardas municipais deram apoio à megaoperação. A operação, batizada de “Garimpeiros”, mobilizou equipes de delegacias seccionais, com a participação da 2ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) e das Guardas Municipais das cidades de Campinas, Artur Nogueira, Hortolândia e Sumaré.

A ação teve como foco desmantelar a organização criminosa especializada no tráfico de “maconha gourmet”, uma variedade da droga de alto valor, que pode chegar a custar até R$ 30 mil o quilo. O nome da operação faz referência aos traficantes, jovens entre 20 e 30 anos, que se autodenominavam “garimpeiros”. Eles formavam grupos “consorciados” para comprar e vender a “maconha gourmet”, referindo-se à busca por “oportunidades” de lucro, semelhante ao garimpo de pedras preciosas.

A Polícia Civil apreendeu celulares, drogas (como pés de maconha, ecstasy e cocaína), armas, veículos (incluindo uma moto de luxo avaliada em R$ 120 mil) e dinheiro. Acredita-se que a quadrilha esteja usando contas de pessoas físicas e jurídicas para realizar a lavagem de dinheiro gerado pelo tráfico de drogas. A Justiça bloqueou as contas de suspeitos até R$ 2 milhões por pessoa e policiais desvenderam transferências bancárias de mais de R$ 1 milhão em pouco mais de um mês.

O próximo passo é a análise dos celulares apreendidos, o que pode ajudar a identificar outros membros da organização. Os suspeitos foram levados para a sede da Deic, em Campinas.

IPIRANGA, MINESOTA E DENADAI FORAM ALVOS DA OPERAÇÃO

Durante a Operação “Garimpeiros”, seis mandados foram cumpridos e cinco homens presos em Hortolândia e Sumaré. Em Sumaré, os policiais prenderam um homem de 21 anos, na Rua Vítor Argentino, no Jardim Ipiranga, e apreenderam três telefones, balança e maconha dentro de uma pochete, no banheiro da residência, destinada ao abastecimento do comércio ilícito de drogas local. Pelo Jardim Denadai, um homem de 24 anos foi preso com dinheiro e celular, na Rua Rodrigo Ramos Ayala. Os policiais civis localizaram e prenderam um homem de 27 anos, na Rua Cláudio Luiz da Silva, no Jardim Minesota. Com ele, foram apreendidos dinheiro e um aparelho celular.

Em Hortolândia, os policiais civis foram até a Rua Sempre Vivas, no Jardim São Sebastião, e prenderam um homem de 32 anos em flagrante pela prática do crime de tráfico. Na Estrada Sérgio Luiz de Souza, no bairro Chácaras Assay, foi preso um homem de 20 anos. Os policiais ainda fizeram diligência no Jardim Amanda, mas não localizaram um homem de 28 anos, nem quaisquer objetos, valores ou entorpecentes ligados a ele. Os presos foram encaminhados para a cadeia anexa do 2º DP (Distrito Policial) de Campinas, permanecendo à disposição da Justiça.

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