Polícia
Condenação partiu da 2ª Vara Criminal de Hortolândia, através do juiz Christiano Rodrigo Gomes de Freitas

Justiça condena 12 membros de quadrilha especializada em roubo de carga em Hortolândia

Criminosos foram condenados no âmbito da Operação Insídia, deflagrada pela Polícia Federal, que investigou atuação de grupo com atuação na cidade e região; integrantes usavam armas de fogo e faziam divisão de funções e tarefas para tornar esquema de assaltos lucrativo e bem-sucedido

Paulo Medina | Tribuna Liberal

A 2ª Vara Criminal de Hortolândia condenou 12 integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de veículos e cargas na cidade e na região. A sentença é do juiz Christiano Rodrigo Gomes de Freitas, no âmbito da Operação Insídia, deflagrada pela Polícia Federal. Os 12 homens foram considerados culpados por integrarem uma organização criminosa estruturada para a prática de crimes, incluindo o uso de armas de fogo e havia divisão de funções dentro do grupo.

A investigação, conduzida pela Polícia Federal de Campinas, revelou que o líder do grupo coordenava as ações criminosas e distribuía pagamentos entre os membros. O esquema envolvia o furto e roubo de caminhões na região de Hortolândia, com o posterior transporte para receptadores em Minas Gerais. Durante as diligências, os agentes apreenderam armas de fogo, carregadores de munição, equipamentos de comunicação e celulares com evidências das atividades do grupo.

O juiz fixou penas que variam de 4 anos e 6 meses a 8 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multas. O líder do grupo recebeu a pena mais severa: 8 anos e 4 meses de reclusão. Outros integrantes receberam penas entre 4 anos e 6 meses e 6 anos e 1 mês de prisão. A Justiça determinou a manutenção das prisões preventivas dos condenados, justificando a decisão com base na periculosidade dos envolvidos e na necessidade de garantir a ordem pública. A decisão ainda cabe recurso, mas os réus deverão permanecer presos enquanto o trâmite judicial continuar.

A Operação Insídia representou duro golpe contra o crime organizado na região, desmantelando uma quadrilha que causava prejuízos milionários e afetava a segurança da população. As autoridades destacaram a importância da colaboração entre órgãos de inteligência e investigação para coibir esse tipo de crime.

A Polícia Federal relatou que recebeu informações a partir do grupo de investigação de roubos de veículos e cargas de um grupo atuante na região de Hortolândia e após diligências requereram interceptações. “Foi possível identificar o líder; identificaram também várias ações criminosas, inclusive com prisões em flagrante levando o caminhão para Minas Gerais; o carregador de arma e supressão de ruído foram apreendidos; transceptores portáteis e receptor de rádio frequência também foram apreendidos; eles utilizam isso como alternativa a contatos telefônicos; utilizam também WhatsApp; os agentes da PF arrolados como testemunhas atuaram em várias fases da investigação”, afirma o magistrado na decisão.

“Houve trabalho de vigilância e cruzamento de dados de telefonia celular para identificação; visavam caminhões VW; faziam o furto e na sequência o deixavam esfriando e após ia para receptação; se recorda de réus sempre participando direta ou indiretamente dos eventos, além de pagamentos; em um galpão onde havia dois caminhões houve coleta de digitais; quando ingressou na operação já tinha havido as prisões de Extrema”, traz trecho da sentença.

 

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