Família de paraplégico expõe falta de fralda em penitenciária de Hortolândia
Cézar Oliveira | Tribuna Liberal
A defesa de um homem paraplégico da Penitenciária I de
Hortolândia entrou com uma ação pedindo que ele cumpra sua sentença em
liberdade devido à escassez de recursos na instituição. O prisioneiro, que
sofre de incontinência urinária e fecal, não está recebendo o tratamento e a
assistência necessários, segundo a defesa e familiares. Ele estaria usando
preservativos para controlar a urina, de acordo com a denúncia.
Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária)
afirmou que a reclamação não procede e que, diferente do que dizem a família e
a defesa, o preso recebe “todo o atendimento necessário na unidade”.
Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2023 ele foi
sentenciado por uma tentativa de homicídio e posse ilegal de arma. O delito que
resultou na detenção aconteceu dez anos atrás, em Diadema, durante um confronto
com os policiais. Naquela época, dois policiais foram feridos.
De acordo com a esposa do detento, este foi o momento em que
o marido perdeu a capacidade de mover as pernas, pois também foi atingido por
um tiro efetuado pelos agentes.
A advogada do preso afirma que apresentou duas solicitações
de prisão domiciliar e um habeas corpus, com o objetivo de que o homem pudesse
cumprir a sentença fora da prisão, mas ambas foram negadas. Na sentença, o
magistrado declara que não existem evidências que confirmem a falta de preparo
da unidade para cuidar do preso.
No momento, o sentenciado está em regime semiaberto, o que
lhe possibilita sair da prisão em saídas temporárias ou para realizar trabalhos
fora da penitenciária. Apesar de discordarem da decisão, a defesa e a família
aguardam a progressão da pena para o regime aberto.
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