Corpo de idoso encontrado em MG será levado ao IML para reconhecimento
Edézio Tomé dos Santos, de 76 anos, foi morto com 19 golpes
de enxada; corpo estava em mata às margens de uma rodovia, em Passos
Cézar Oliveira | Tribuna Liberal
O corpo do idoso de Sumaré, Edézio Tomé dos Santos, de 76 anos, será encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Americana para o reconhecimento oficial da família. Ele foi assassinado com 19 golpes de enxada e morava no Jardim Viel. O corpo foi localizado às margens da rodovia MG-050, em Passos, sul de Minas Gerais.
Dois suspeitos pela morte de Edézio foram presos pela Polícia Civil entre terça-feira (2) e esta quarta-feira (3). Um é o dono do estacionamento de caminhões onde o idoso trabalhava como caseiro, que é suspeito de apagar as imagens de câmeras de segurança que mostravam o que poderia ter acontecido após o ataque. O outro é um caminhoneiro que frequentava o local. Ele confessou que matou Edézio e fez o transporte do corpo para Passos.
Edézio, mais conhecido como “seu Tomé”, estava dormindo do lado de fora de sua casa no dia 27 de setembro, por conta do forte calor. Segundo as investigações, durante a noite, um caminhoneiro que frequentava o estacionamento invadiu o local e desferiu 19 golpes de enxada enquanto o idoso dormia.
O caminhoneiro confessou à polícia que pegou o corpo do idoso, colocou na carroceria do caminhão e levou até a cidade de Passos, em Minas Gerais (520km de Sumaré). Ele teria contado com a ajuda do dono do estacionamento, que é suspeito de apagar as imagens de câmeras de segurança que mostravam que aconteceu após o ataque. O homem também é suspeito de ter ajudado a carregar o corpo.
Os policiais então conseguiram identificar o caminhoneiro e encontraram ele em Passos, mesmo município onde ele teria escondido o corpo. O homem foi preso preventivamente e confessou o crime. Ele também apontou onde estava o cadáver. O outro suspeito, dono do estacionamento, também teve a prisão preventiva decretada. A polícia não descarta a hipótese de outras pessoas terem participado do crime.
Até agora não foi divulgada a motivação do crime. A principal hipótese é que o idoso teria uma dívida de R$ 2 mil com os autores. A filha de Edézio, Regina, diz que já suspeitava que existia mais de uma pessoa envolvida, por conta do sumiço das câmeras. Os familiares da vítima tinham até oferecido uma recompensa de R$ 10 mil para qualquer informação que pudesse auxiliar nas investigações.
O corpo do idoso agora será encaminhado para o IML de Americana para o reconhecimento oficial. Os familiares devem fornecer material genético para ajudar no trabalho dos legistas e só aí o corpo será liberado para o enterro.
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