Polícia
Guarda Municipal de Paulínia atendeu a ocorrência e encontrou a vítima morta no local

Acusado de assassinar morador de rua enquanto dormia vai a júri em Paulínia

Com histórico de desentendimentos, réu que também vive em situação de rua, aproveitou que a vítima estava adormecida e a atacou com golpes de caco de vidro; crime ocorreu na madrugada de 11 de setembro de 2024 no bairro Nova Paulínia

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Um crime brutal ocorrido em Paulínia levará L.G.S. R. a julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele, que estava em situação de rua, é acusado de assassinar Francisco Elison dos Santos, conhecido como “Ceará”, enquanto a vítima dormia em via pública na madrugada de 11 de setembro de 2024, no bairro Nova Paulínia.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o acusado e a vítima eram moradores em situação de rua e tinham um histórico de desentendimentos. Na data do crime, L. teria se dirigido ao local onde Francisco costumava dormir, munido de um caco de vidro. Aproveitando-se do fato de que a vítima estava adormecida, ele foi acusado de atacar a vítima com golpes fatais na região cervical, mão, antebraços e perna direita.

Mesmo despertando com os golpes e tentando se defender, Francisco perdeu as forças e caiu agonizando até a morte. L., por sua vez, deixou o local caminhando tranquilamente, segundo a denúncia. O crime foi presenciado por pedestres, que acionaram a Guarda Municipal.

A Guarda Municipal, ao chegar ao local, encontrou a vítima já sem vida. Durante patrulhamento, os agentes localizaram L., que correspondia à descrição repassada por testemunhas. O suspeito foi abordado e confessou o crime no momento da prisão. Em depoimento, ele afirmou que matou Francisco porque tinham tido desentendimentos anteriores e que não estava arrependido, chegando a dizer que estava “feliz” pelo assassinato.

A 2ª Vara Criminal de Paulínia determinou que L. seja julgado pelo Tribunal do Júri. A juíza Patrícia Ribeiro Bacciotti Parisi entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade para que ele responda pelo crime de homicídio qualificado. A juíza manteve a prisão preventiva do acusado, negando a possibilidade de responder ao processo em liberdade.

O Tribunal do Júri será responsável pelo julgamento do caso, decidindo se L. será condenado e qual será sua pena. O caso chamou atenção pela frieza do acusado e pela vulnerabilidade da vítima, que foi atacada enquanto dormia. A reportagem não localizou a defesa de L. para comentar a decisão.

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